Objetivo das ações é resgatar a tradição de uso das PANCs diversificar alimentação
As PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais) já fazem parte do cardápio de muita gente, mas ainda tem um grande potencial não explorado. Por isso, a EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) em parceria com projetos socioambientais está promovendo uma série de ações para resgatar o cultivo e o consumo desse tipo de alimento.
Agricultores tem aproveitado potencial de cultivo das PANC. (Foto: Epagri)
A EPAMIG ofereceu mini cursos e trabalha com a conscientização de agricultores familiares para estimular o plantio e o consumo de PANCs. “A diversificação alimentar é fundamental para suprir as necessidades de nutrientes essenciais ao ser humano. Para se ter ideia, temos 10 mil plantas comestíveis registradas e menos de 170 são cultivadas. Estas atendem a 80% de todas as nossas necessidades alimentares, e apenas quatro delas formam a base energética alimentar mundial: arroz, trigo, milho e batata”, informa a pesquisadora da EPAMIG Maria Regina Miranda.
As PANC são plantas com potencial nutritivo que não são consumidas em larga escala, como folhas, raízes, sementes, frutas e até flores. Também são consideradas PANC as partes de plantas comercialmente conhecidas e que podem ser consumidas, como as flores do chuchu.
Emater desenvolve ações de conscientização sobre potencial das PANC. (Foto: Emater)
Várias ações tiveram o apoio da EPAMIG, entre elas a campanha “Agir Socioambiental”, envolvendo alunos e professores da rede pública de ensino da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O objetivo é incentivar ações socioambientais que possam ser desenvolvidas por professores, alunos e familiares nas próprias casas.
A EPAMIG também incentiva a comercialização das hortaliças PANC em feiras livres de diferentes regiões do estado. Na Zona da Mata, agricultores criaram produtos com o uso desses alimentos.
O plantio e o consumo das hortaliças PANC tem ganhado forças gravas às ações de incentivo de instituições como a EPAMIG, além de estudos acadêmicos e parcerias com restaurantes e agroindústrias. No campo, essas hortaliças agregam valor e geram renda aos agricultores familiares.
