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Cresce o uso de biopesticidas para controle de pragas

Mercado brasileiro segue em ritmo acelerado, acima da média mundial, impulsionado por pesquisas e descoberta de novos produtos

Controle biológico de pragas reduz impactos ambientais. (Foto: Rafael Simões | Empaer)
Ricardo Miranda
2 de novembro de 2021
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O uso de alternativas biológicas para controle de pragas cresce em ritmo acelerado. O mercado internacional de biopesticidas aumentou 15% nos últimos anos, enquanto, no mesmo período, a alta no Brasil foi de 70%. De acordo com a Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), a demanda por esse tipo de estratégia é impulsionada pelo investimento em pesquisas e descobertas de novos produtos.

Com o uso de defensivos químicos, pragas têm se tornado resistentes. (Foto: Fapeam)

À medida que os produtores observam, nas lavouras, que as pragas e doenças estão se tornando mais resistentes aos métodos de controle químico, as pesquisas buscam encontrar soluções alternativas com o controle biológico. O Brasil é um dos países que mais investem nesse mercado.

“A adesão do controle biológico por parte dos produtores cresce a cada dia. É impressionante a mudança nos últimos anos. Temos sido muito procurados para realização de projetos conjuntos, informações técnicas, visitas e cursos”, destaca a pesquisadora da Epamig Madelaine Venzon.

Uso necessário

Várias pesquisas tentam encontrar novas formas de controle biológico de pragas. (Foto: AMUT)

A busca por alimentos produzidos sem o uso de métodos químicos de controle de pragas também impulsiona o crescimento do mercado de biopesticidas. Além disso, à medida que determinados tipos de pragas se tornam resistentes aos agrotóxicos convencionais, o uso de técnicas alternativas se faz ainda mais necessário.

Por muito tempo, o controle biológico de pragas e doenças era chamado de “alternativo”, já que havia poucas opções não relacionadas aos métodos químicos. “Hoje não faz mais sentido usar o termo, pois não se trata de uma alternativa, mas de uma necessidade. Em alguns casos, o produtor não tem opção, quer seja pela falta de eficiência ou por outros problemas associados ao uso do controle convencional”, finaliza Madelaine Venzon.

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