O estudo de identidade e qualidade do queijo Cabacinha vai contribuir para a regulamentação do produto típico do Vale do Jequitinhonha
Os queijos cabacinha do Vale do Jequitinhonha são conhecidos no país porque são bons e também por estarem às margens da BR 116, que liga o Rio de Janeiro à Bahia. O tráfego de turistas pelo local é intenso, com isso a fama dos produtos já ganhou o Brasil. Porém os produtores querem mais. Eles querem ser regularizados para avançar comercialmente.
O anseio dos produtores rurais também é o do Governo de Minas, por isso a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), iniciou uma pesquisa sobre o produto a fim de criar parâmetros de produção e fiscalização, para que os alimentos sejam enfim regularizados.
“A pesquisa será realizada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e vai avaliar os parâmetros físicos, físico-químicos, microbiológicos e sensoriais do produto. Esse estudo poderá subsidiar a elaboração do regulamento técnico de identidade e qualidade do queijo Cabacinha”, explica Luziane Dias de Oliveira, coordenadora técnica regional da Emater-MG em Almenara.
Ela afirma que a regulamentação “é um sonho dos produtores.” Com o regulamento aprovado, eles poderão registrar as queijarias e, com isso, comercializar os queijos fora dos municípios onde são produzidos e em outros estados do Brasil.
O queijo cabacinha é produzido artesanalmente por agricultores familiares a partir do leite cru, acrescido de coalho e fermento láctico. Ele é moldado manualmente em um formato que se assemelha a uma cabaça. Depois de salgado em uma salmoura, o cabacinha é pendurado para secar e maturar durante sete dias