Universidade pretende se tornar Zero Lixo
A distribuição de marmitex aos estudantes do campus Viçosa durante as atividades acadêmicas presenciais autorizadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) possibilitou que a UFV desse os primeiros passos num projeto que pretende ser amplo: o da compostagem de resíduo orgânico. Todos os dias, as sobras do café da manhã, almoço e jantar deixadas no Espaço Multiuso pelos estudantes estão sendo coletadas e levadas para a primeira composteira instalada no campus da UFV pela Divisão de Gerenciamento de Resíduos (DGS). Ali, viram adubo para ser aproveitado nas hortas da Universidade. “É o fechamento do ciclo de resíduo orgânico”, como explica Nina Rosa Fernanda Diniz, que integra a equipe da DGS.
Com a compostagem das sobras dos marmitex, tem sido possível entender melhor as etapas e técnicas relacionadas a este processo e ganhar eficiência para colocar em prática ações que, em breve, serão anunciadas pela Universidade. Algumas delas farão parte dos eventos que a UFV está preparando para a Semana de Compostagem, que acontecerá de 1º a 7 de maio em todo o país. A ideia é envolver ainda mais a comunidade universitária na coleta de resíduos orgânicos que, segundo Nina, responde por cerca de 40% do lixo do campus Viçosa em épocas normais de funcionamento. “É a primeira vez que a UFV dá atenção para o seu resíduo orgânico e tem alguém para lidar especificamente com ele”, conta Nina, destacando o papel do auxiliar de agropecuária Adalberto Cardoso Apolinário, especialmente designado para a tarefa.
Com essas ações, a UFV avança para se tornar uma “Universidade Lixo Zero”. Esse é um dos vários objetivos do Programa UFV + Sustentável, capitaneado pela Diretoria de Meio Ambiente. No caso dos resíduos, a DGS procura auxiliar o máximo em todas as frentes possíveis para que sejam reciclados. A mais recente colaboração está relacionada ao Supermercado Escola, que ampliou a sua participação no projeto Coleta Seletiva Solidária da UFV, criando o Ponto de Entrega Voluntária (PEV). Em um trabalho conjunto com a DGS, o supermercado instalou, na lateral de seu prédio, um residuário para o descarte de papel, plástico, vidro e metal, para serem destinados à Acamare.
Há ainda um residuário específico para lâmpadas fluorescentes, cujo mercúrio de sua composição pode contaminar seres humanos e animais, bem como solo, ar e água. Este residuário também recebe baterias e pilhas usadas, produtos incluídos no sistema nacional de logística reversa. Sem custos para os geradores, elas vão para empresas especializadas que as transformam novamente em matéria-prima e/ou energia. Também no PEV do supermercado há a coleta de óleo de cozinha usado que é comercializado para uma empresa de Viçosa. Os recursos obtidos são revertidos em ações de assistência estudantil pela Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários.
