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Agricultura familiar sofre com a chuva e alagamentos em Abaeté

Principal córrego que passa pela cidade transbordou e inundou plantações e pastagens, além de forçar moradores a sair de casa

Água encobriu esta grande área de pastagem às margens do Córrego Marmelada. (Foto: Ricardo Miranda)
Ricardo Miranda
6 de janeiro de 2022
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Só nos primeiros dias desta semana já choveu mais que o previsto para todo o mês em Abaeté, na região Centro-Oeste do estado. A prefeitura decretou situação de emergência depois que o principal córrego que passa pela cidade transbordou. Casas foram alagadas e agricultores familiares também tiveram prejuízos com a inundação de pastagens e plantações.

Várias partes de Abaeté ficaram alagadas. (Foto: @infinitofilmesbh)

O Córrego Marmelada transbordou e encobriu ruas e pontes da cidade. Na área urbana pelo menos vinte famílias tiveram que sair de casa. Na zona rural a prefeitura está fazendo levantamentos para calcular os prejuízos, mas já se sabe que a água do Marmelada inundou plantações e áreas de pastagem.

A prefeitura acompanha a situação. “Já choveu mais de 205mm em Abaeté esta semana, acima do previsto para o mês de janeiro inteiro. E a previsão aponta cerca de 200mm até domingo, então o Córrego Marmelada pode subir ainda mais e causar outros prejuízos”, explica Rossini Curi Gontijo, secretário de assistência social de Abaeté.

Prejuízos à agricultura familiar

No bairro Jardins, plantações de milho ficaram embaixo d´água. (Foto: Ricardo Miranda)

No bairro Jardins, em Abaeté, o nível do Córrego Marmelada subiu muito e a água tomou conta das propriedades ribeirinhas. Em muitos terrenos, as plantações de milho e as hortas estão alagadas. Os produtores rurais tiveram que sair às pressas e ainda não contabilizaram as perdas.

Em outro ponto da cidade, também às margens do Marmelada, fica o sítio do produtor rural Henrique Brandão Greco. O córrego já encobriu a área de pastagem e se aproxima da casa onde a família fica. “Já levei os animais para lugares mais altos, mas agora, se o Córrego subir mais, não se para onde levar as criações. Vamos ficar monitorando o nível da água e torcendo para a chuva dar uma trégua”, finaliza o produtor rural.

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