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Altos custos de produção dificultam produção de frangos e suínos

Apesar do aumento no preço dos insumos, Conab estima que próxima temporada de produção de carnes terá crescimento no número de abates

Queda das importações chinesas preocupam suinocultores brasileiros. (Foto: CRMV-SP)
Ricardo Miranda
1 de setembro de 2022
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A Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, destacou que produtores de carnes vão enfrentar vários desafios na temporada 2022/2023. Os custos elevados de produção vão levar à uma menor rentabilidade para o setor. Apesar disso, o órgão prevê uma melhora nos números de abates, de bovinos, aves e suínos.

No caso da suinocultura, além dos desafios gerados pelo alto preço dos insumos, a Conab destaca as dificuldades geradas pela recuperação dos rebanhos chineses. O país asiático havia reduzido consideravelmente o tamanho do plantel após um susto de Peste Suína Africana, mas agora está ampliando o número de animais. Isso já está influenciando na redução das exportações para a China, impactando nas cotações do suíno. “No entanto, com a abertura de novos mercados, a exemplo de outros países do Sudeste Asiático e do Canadá, essa queda tende a ser amenizada”, reforça o superintendente de Estudos de Mercado e Gestão da Oferta da Companhia, Allan Silveira. Com isso, a Companhia prevê um crescimento de 6,7% nos abates de suínos durante a temporada 2022/2023.

Temporada 2022/2023 deverá ter crescimento no abate de bovinos. (Foto: Agência Brasil)

Aves e bovinos

A Conab também projeta crescimento no abate de aves. A estimativa é de um aumento de 3,2%, totalizando 6,29 bilhões de frangos. Já as exportações do setor devem ter uma ligeira queda de 1,7%, chegando a 4,5 milhões de toneladas.

A companhia destacou ainda o bom momento vivido pelos produtores de carne bovina devido ao crescimento da demanda externa, mas destaca que a pecuária também enfrenta altos custos de produção, principalmente em razão do aumento dos preços de bezerros. Para a temporada 2022/2023 a estimativa é de alta de 2,7% nos abates, chegando a 30,1 milhões de cabeças. “Apesar de haver previsão de queda do preço médio do bezerro, tal movimento não é suficiente para motivar uma queda geral nos custos, uma vez que a suplementação animal também tem sofrido com recentes altas”, pondera o gerente de Produtos Pecuários da Conab, Gabriel Correa.

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