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Bacia do Rio Corrente Grande vai receber restauração florestal

Serão destinados mais de R$ 170 milhões de reais para a recuperação de uma área de cinco mil hectares

Líder indígena da Comunidade Pataxó Gerú Tucunã discursou durante o evento. (Foto: Divulgação)
Washington Bonifácio
27 de julho de 2022
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A Fundação Renova anunciou que vai investir 170 milhões de reais na bacia do Rio Corrente Grande. A assinatura do Termo de Compromisso foi em Guanhães, no Vale do Rio Doce. O evento contou as presenças de representantes dos Comitês de Bacia Hidrográfica (CBH), CBH Doce e poder público.

Execução do projeto

A restauração será viabilizada por meio de Editais de Contratação de Fornecedores. No momento, as equipes técnicas estão envolvidas nas etapas do processo, como recebimento de propostas técnicas e comerciais e avaliação de proponentes.

O objetivo dos editais é contratar empresas e/ou consórcios para prestar serviços técnicos, científicos e operacionais referentes à restauração florestal, atendendo parte do Programa de Recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Recarga Hídrica (ARH) e do Programa de Recuperação de Nascentes degradadas da bacia do rio Doce.

Outras cidades beneficiadas

Além de Guanhães, as áreas contempladas abrangem outros nove municípios mineiros: Açucena, Divinolândia de Minas, Gonzaga, Sabinópolis, Santa Efigênia de Minas, Sardoá, São João Evangelista, São Gerado da Piedade e Virginópolis.

A restauração do Corrente Grande vai beneficiar diretamente a população de Governador Valadares, já que é nesse manancial que será captada a água da nova adutora que está sendo construída pela Renova na cidade.

O evento recebeu várias lideranças regionais. (Foto: Divulgação)

“Ao final, a empresa contratada será responsável por diversas atividades da restauração florestal, como realizar visitas técnicas para a identificação e validação de APPs e ARHs, de interesse dos programas; estaqueamento e cercamento das unidades de trabalho nas propriedades; elaboração e implantação dos Projetos Individuais por Propriedade (PIP) de restauração florestal e infraestruturas, como saneamento rural, barraginhas e dessedentação animal; além da implantação e execução de práticas de manutenção da restauração florestal por um período de 48 meses com o objetivo de atingir indicadores ecológicos relacionados”, diz José Almir Jacomelli, coordenador de Restauração Florestal da Fundação Renova.

Total de investimentos

De acordo com nota enviada pela Fundação Renova, a instituição vai destinar mais de 740 milhões para promover a restauração florestal de, aproximadamente, 19 mil hectares, sendo 8,6 mil hectares na bacia do rio Manhuaçu (MG), 2,8 mil hectares nas bacias do Piranga (MG), do Santa Maria (ES) e do Corrente Grande (MG), 5 mil hectares na bacia do rio Guandu (ES) e outros 3,6 mil hectares do Corrente Grande.

O valor faz parte do montante de R$ 1,7 bilhão que será empregado no cumprimento de parte da meta socioambiental de recuperar 40 mil hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Recarga Hídrica (ARH) e de 5 mil nascentes ao longo de dez anos. Atualmente, a Renova possui 12 contratos em execução para restauração florestal de 15.500 hectares.

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