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Chile registra baixo PIB e economistas preveem recessão

No 2º trimestre o país registrou um Produto Interno Bruto aquém das previsões

Contêineres no porto de San Antonio, no Chile. (Foto: REUTERS/Rodrigo Garrido)
Washington Bonifácio
21 de agosto de 2022
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O Produto Interno Bruto do Chile ficou abaixo das expectativas no segundo trimestre de 2022, segundo dados do Banco Central, divulgados essa semana. Com isso, os economistas a preveem uma possível recessão à medida que os estímulos relacionados à pandemia são desfeitos. Segundo a Agência Reuters, a economia do país andino cresceu 5,4% no segundo trimestre em relação ao ano anterior, mas não apresentou crescimento em relação aos três meses anteriores em termos dessazonalizados.

Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 5,7% em relação ao ano anterior e de 0,3% em relação ao trimestre anterior. O desempenho destacou a luta do Chile para crescer à medida que o Banco Central aperta agressivamente a política monetária para controlar a inflação crescente, que atingiu uma alta de quase três décadas no mês passado.

“A economia do Chile apenas estagnou no segundo trimestre e as chances são altas de que ela entre em recessão no segundo semestre do ano”, disse em nota Kimberley Sperrfechter, economista da Capital Economics para a América Latina.

Indicativos

A Reuters ouviu vários economistas, entre eles, Andres Abadia, economista-chefe para a América Latina da Pantheon Macroeconomics, uma consultoria de pesquisa econômica.  O profissional disse que a economia do Chile teve um desempenho ruim no primeiro semestre, refletindo uma política fiscal e monetária mais rígida enquanto os fundamentos domésticos se deterioraram.

No primeiro trimestre, a economia do Chile havia contraído 0,8% em relação aos três meses anteriores, perdendo terreno após uma sólida recuperação da desaceleração da pandemia no ano passado.

“A economia está agora praticamente em recessão técnica”, disse Abadia. “A má notícia é que os indicadores antecedentes, incluindo a confiança dos empresários e consumidores, sugerem que a tendência de queda continuará nos próximos trimestres devido a uma série de choques”, finalizou

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