Levantamento confirma redução na produção, em comparação à safra anterior, que foi considerada recorde
A safra de café 2021 deve chegar a 46,9 milhões de sacas de café beneficiado, segundo o 3º Levantamento da Safra 2021, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Está prevista uma diminuição de 25,7% em relação ao resultado da safra de 2020.
O levantamento da Conab aconteceu em um momento em que mais de 95% das áreas plantadas já foram colhidas. O resultado da pesquisa confirma redução na produção, em comparação à safra anterior, que foi considerada recorde.
A produção de café arábica está estimada em 30,7 milhões de sacas, 36,9% a menos se comparado ao volume produzido na safra anterior. O conilon deve chegar a uma produção de 16,15 milhões de sacas, o que indica um aumento de 12,8% sobre o resultado obtido em 2020.
Este ano será marcado pela baixa bienalidade. Já era prevista uma quebra na produção, por causa do fenômeno. Com as poucas chuvas a situação de agravou. Veja abaixo como ficam as previsões de produção, por estado.
Minas Gerais deverá alcançar 21,4 milhões de sacas, uma redução de 38,1% em comparação a 2020.
A estimativa de colheita para o Espírito Santo deve ser de pouco mais de 14 milhões de sacas, 11 milhões para conilon e 3 milhões para arábica.
O estado de São Paulo deverá ter uma produção de 4 milhões de sacas de café arábica. Isso representa uma redução de 35,1%, em comparação à safra anterior, que chegou a pouco mais de 6 milhões de sacas.
A Bahia deverá produzir quase 3,5 milhões de sacas, 13% a mais que no ano de 2020. Rondônia vai colher quase 2,2 milhões de sacas, um decréscimo de 11,3%.
No Paraná, a produção está estimada em quase 873 mil sacas de café.
A produção esperada no Rio de Janeiro é de 236 mil sacas, redução de 36,4%.
Em Goiás serão 212 mil sacas, 14,4% a menos do que em 2020.
O Mato Grosso deverá produzir 194 mil sacas. Diferentemente dos demais estados, este representou um aumento de 22,6% em relação à safra anterior. Isso se deve a uma mudança no sistema de produção do estado, que passa por transformações, com o predomínio de novos materiais propagativos e maiores investimentos na cafeicultura estadual.