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Coréia do Norte terá reunião para tratar insegurança alimentar

Segundo a Agência Reuters, a potência sofre com desabastecimento de alimentos.

Líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un. Foto sem data divulgada pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte (KCNA).
Washington Bonifácio
6 de fevereiro de 2023
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Os principais membros do partido governista da Coreia do Norte se reunirão, este mês, para discutir a tarefa urgente de melhorar o setor agrícola do país, enquanto especialistas internacionais dizem que a insegurança alimentar piorou em meio a sanções e bloqueios do COVID-19, segundo informou a Agência Reuters, nesta segunda (06).

A agência de notícias estatal KCNA informou que o politburo do Partido dos Trabalhadores da Coreia (WPK) decidiu no domingo (05) que uma reunião plenária maior do Comitê Central se reunirá no fim de fevereiro.

“É uma tarefa muito importante e urgente estabelecer a estratégia correta para o desenvolvimento da agricultura e tomar medidas relevantes para a agricultura imediata no atual estágio da luta para promover o desenvolvimento global da construção socialista”, disse o relatório.

O politburo reconheceu que “um ponto de virada é necessário para promover dinamicamente a mudança radical no desenvolvimento agrícola”, disse a KCNA.

Insegurança Alimentar

Ainda segundo a Reuters, no mês passado, o programa norte-americano 38 North, que monitora a Coreia do Norte, disse em um relatório que “a disponibilidade de alimentos provavelmente caiu abaixo do mínimo em relação às necessidades humanas”, com a insegurança alimentar em seu pior nível, desde a fome dos anos 1990.

“Resolver a insegurança alimentar crônica da Coreia do Norte exigiria, entre outras coisas, fortalecer os direitos de propriedade, abrir e revitalizar os setores industriais e de serviços da economia e adotar um modelo orientado para a exportação”, disse o relatório da 38 North. “O regime, que teme a competição interna e seu próprio fim, até agora se mostrou relutante em buscar tais reformas”, finalizou.

A Coreia do Norte está sob rígidas sanções internacionais por causa de seus programas de armas nucleares e mísseis balísticos. O comércio fronteiriço foi ainda mais sufocado por bloqueios auto-impostos destinados a prevenir surtos de COVID-19.

Esses bloqueios diminuíram parcialmente nos últimos meses, com a retomada do comércio entre a Coreia do Norte, a Rússia e a China, embora em níveis ainda limitados.

O país também é rotineiramente atingido por desastres naturais, como inundações e fortes chuvas que prejudicam as colheitas de verão.

Com informações da Agência Reuters.

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