O crescimento das exportações de óleo de soja para a Índia puxou o resultado apresentado pelo Ministério da Economia
Dados do Ministério da Economia revelam que as exportações brasileiras de óleo e farelo de soja chegaram a quase 20 milhões de toneladas de janeiro a outubro deste ano, um volume recorde. Crescimento de 28% na comparação com o mesmo período de 2021, quando os embarques internacionais desses produtos foram de 15,55 milhões de toneladas. Diante do crescimento, a Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, estima que as exportações dos dois produtos fechem o ano em torno de 22,5 milhões de toneladas.
Além do crescimento no volume embarcado, a Conab destaca os bons preços no mercado internacional. “A demanda, tanto de farelo como o de óleo de soja, está aquecida, o que mantêm os preços no mercado internacional em patamares elevados. Além disso, a Argentina, principal país exportador dos produtos, também apresentou quebra de safra devido às questões climáticas adversas registradas no último ciclo, o que abriu espaço para o produto brasileiro. Enquanto isso, no Brasil houve uma menor demanda de biodiesel no mercado interno o que possibilitou essa maior exportação mesmo com uma quebra na safra brasileira da oleaginosa”, destaca o analista de mercado da Conab, Leonardo Amazonas.
Em relação ao óleo de soja, as exportações nos dez primeiros meses deste ano passaram de 2,16 milhões de toneladas. O resultado é 63% maior que no mesmo período de 2021. A Índia foi o principal mercado consumidor chegaram a 1,27 mil toneladas, praticamente o dobro do registrado em 2021, quando foram embarcadas pra lá 642 toneladas. Na comparação com 2020 o crescimento chega a 235%.
De janeiro a outubro deste ano o Brasil exportou 17,75 milhões de toneladas, aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2021. A Indonésia foi o principal mercado do farelo brasileiro e importou 2,6 milhões de toneladas, alta de 34% frente aos 1,94 milhões de toneladas registradas nos dez primeiros meses do ano passado.