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Fazendas de produção leiteira em Formiga apostam na energia solar

Gasto com eletricidade caiu pela metade após a instalação do sistema, com investimento de R$ 300 mil

Grupo conta com três fazendas e investiu R$300mil na instalação da energia fotovoltaica. (Foto: Divugalção Renovigi)
Ricardo Miranda
26 de agosto de 2021
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Em Formiga na região Centro Oeste do estado, um grupo de produção leiteira investiu na energia solar como forma de reduzir os custos de manutenção das propriedades. As três fazendas da família têm uma área total de 258 hectares que circundam o Lago de Furnas. No local foi instalada uma usina fotovoltaica com 330 painéis solares com potência de 340W e um inversor de 75kW.

Grupo tem 800 vacas e produz 27 mil litros de leite por dia. (Foto: Divulgação Renovigi)

As três fazendas do grupo pertencem a uma família que, há três gerações, trabalha na pecuária leiteira. Atualmente são 800 vacas produzindo cerca de 27 mil litros de leite por dia. Toda a produção abastece um laticínio que fica na cidade e é o quarto maior do país. “O custo com energia elétrica impacta diretamente na produção. A opção pela energia renovável surgiu como uma tentativa de reduzir nossos gastos e, desde a instalação, observamos uma redução significativa do valor das nossas contas de energia. Nos surpreendeu muito positivamente”, avalia Douglas Rodrigues Nunes, veterinário e filho do dono de uma das fazendas.

De acordo com a família, os gastos mensais com energia elétrica passava de R$22 mil. Com a instalação do sistema, o valor já caiu para a metade. E a expectativa é diminuir esse gasto ainda mais. Douglas diz que está satisfeito. “Ficamos uns dois anos até instalar, e agora nos apaixonamos pelo sistema. A energia solar não tem volta, é boa para o bolso e para a natureza,” destaca.

Energia que vem do sol

Painéis solares foram feitos com as iniciais do patriarca da família. (Foto: Divulgação Renovigi)

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica afirma que a geração desse tipo de energia no país cresce, em média, 230% ao ano. Uma tendência puxada por características do clima e também pela necessidade de reduzir os gastos com a eletricidade. Na agricultura, esse custo impacta na produção e reduz lucros, por isso, muitas fazendas tem aderido à energia renovável.

O projeto para as fazendas de Formiga foi elaborado por uma das maiores empresas do segmento, que fica em Chapecó, no interior de Santa Catarina. O trabalho foi personalizado, incluindo painéis solares com as iniciais SRN em homenagem ao patriarca da família, Sérgio Rodrigues Nunes.

A instalação da usina foi feita por uma empresa com sede em Arcos, também na região Centro Oeste de Minas Gerais, credenciada pelos engenheiros de Santa Catarina e que vê na agricultura um mercado promissor. “Entendemos que o agronegócio é o coração que bombeia sangue para o país. Um grande exemplo foi a pandemia, pois a agricultura segurou a economia e evitou mais prejuízos”, afirma Alex Vidal, diretor da empresa. O investimento com o projeto e instalação foi de cerca de R$ 300 mil.

Propulsora de crescimento

A energia fotovoltaica é propulsora do crescimento do agronegócio no Brasil. Joice Teixeira, gerente comercial da empresa que fez a instalação da usina em Formiga diz que a demanda por esse tipo de serviço não para de aumentar. O agro é o setor que mais se mostra promissor. A energia solar é abundante e acessível, seja em propriedades como essa ou em outras de pequenos agricultores que têm sua produção em menor escala,” avalia.

Na fazenda em Formiga, a redução dos custos de produção já estimula a família de pecuaristas a crescer ainda mais o negócio. Nos próximos anos, o grupo pretende chegar a 1000 vacas e atingir 35 mil litros de leite por dia. “Sem a energia fotovoltaica isso jamais seria possível”, conclui Douglas Rodrigues.

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