Campanha vai até o fim do mês e a expectativa é que 10 milhões de animais sejam imunizados em todo o estado
Fiscais do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) estão acompanhando a vacinação contra a febre aftosa em propriedades rurais da região Centro-Oeste do estado. Em Divinópolis, as equipes estiveram em uma fazenda que recria e vende gado e foi escolhida para receber o monitoramento.
A segunda etapa da campanha de vacinação contra aftosa em Minas Gerais vai até o fim do mês. O IMA estima que 10 milhões de bovinos e bubalinos com menos de 24 meses de vida sejam imunizados. Até o fim da campanha, os fiscais do instituto vão percorrer propriedades rurais consideradas de alto risco de contágio para acompanhar a aplicação das doses.
Na comunidade dos Lopes, na zona rural de Divinópolis, a equipe do IMA esteve na fazenda do produtor Ricardo da Silva, que trabalha com recria e venda de gado. Os fiscais conferiram a quantidade e a situação de armazenamento de doses e monitoraram a aplicação das vacinas nos cerca de 150 animais. “Hoje vão sair 52 novilhas que estão vendidas e sem a vacina eu não conseguiria trabalhar”, comenta o produtor.
O escritório do IMA em Divinópolis também é responsável pela fiscalização de propriedades rurais em Carmo do Cajuru, São Gonçalo do Pará e São Sebastião do Oeste. Nas quatro cidades, a meta é visitar 12 fazendas até o fim da campanha de vacinação no próximo dia 30. Os locais são escolhidos de acordo com o risco de contágio.
O fiscal agropecuário do IMA André de Paula Rodrigues explica que o risco é definido por conta da movimentação dos animais. Em fazendas onde há compra e venda mais frequente de gado, a possibilidade de contágio é maior e, por isso, os agentes acompanham a vacinação para monitorar a saúde do rebanho. A lista com as propriedades monitoradas é definida a cada seis ou 12 meses, dependendo da demanda.
“A gente elege algumas propriedades que têm mais risco de transmissão de febre aftosa. Essas propriedades de maior risco são caracterizadas de acordo com a movimentação de animais, então, via de regra, a gente seleciona as propriedades com base nos critérios de movimentação, compra e venda de gado”, explica o fiscal do IMA.
A febre aftosa é uma doença grave que pode levar à morte dos animais. O Brasil é considerado zona livre de circulação da doença, status definido pela Organização Mundial de Saúde Animal. Minas Gerais não tem circulação do vírus graças à vacinação. “Hoje o país todo é caracterizado como livre de febre aftosa. Esse status é importante porque é o principal entrave que podemos ter para a exportação de carne e outros embargos econômicos. Manter o país e o estado livres da febre aftosa é importante para não termos nenhuma sanção nesse sentido”, finaliza o fiscal.