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Instituições vão investir US$ 3 bilhões em culturas sem conversão

O compromisso foi firmado durante o COP26, em Glasgow, no Reino Unido

Raio cortando o céu
A instabilidade climática é principal motivo do encontro entre líderes mundiais. (Foto: Noaa)
Washington Bonifácio
5 de novembro de 2021
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Você sabe o que é cultura sem conversão? Este é um grande desafio dos países atualmente: adaptar determinada atividade econômica, sem que haja a alteração do ambiente utilizado. É plantar, criar gado, tudo consorciado com as matas. O desmatamento é uma ação humana que, segundo especialistas, tem provocado o aquecimento global que altera os fenômenos da natureza em todo o mundo e provoca instabilidade no clima.

O Reino Unido sediou, neste mês, uma conferência considerada crucial para controlar as mudanças climáticas: a COP26. O encontro em Glasgow, na Escócia, vai até o dia 12 de novembro e já trouxe resultados.

Oito instituições financeiras e empresas do agronegócio anunciaram um compromisso de investir 3 bilhões de dólares em culturas sem conversão. Serão mais de US$ 200 milhões em desembolsos até 2022 para a produção de soja e gado livres de desmatamento na América do Sul.

Estas empresas são as primeiras a assinarem a iniciativa Inovação Financeira para a Amazônia, Cerrado e Chaco (IFACC). A meta da iniciativa é atingir US$ 10 bilhões em compromissos e US$ 1 bilhão em desembolsos, até 2025.

Criação de gado de corte consorciada com plantação de eucalipto (Foto: Embrapa)

As empresas que assinaram o compromisso são: &Green FundAGRI3DuAgroGrupo GaiaJGP Asset ManagementSyngenta e Sustainable Investment Management.

A CEO da DuAgro, Fernanda Mello, disse que vai usar toda a experiência de mercado da empresa para mapear e engajar oportunidades de emissão de títulos verdes no Brasil.

“A DuAgro nasceu com o objetivo claro de ajudar o produtor rural a prosperar por meio de um financiamento agrícola social e ambientalmente responsável. Até 2022, pretendemos emitir um mínimo de R$ 30 milhões em títulos verdes. Até 2025, 30% de todo o volume financeiro de nossas operações estarão em conformidade com os requisitos do IFACC, e, nos próximos 5 anos, o percentual deve chegar a pelo menos 35%,” disse.

Os compromissos feitos por essas entidades privadas irão acelerar o fluxo de capital para os agricultores, viabilizando a transição para modelos de negócios mais sustentáveis, incluindo a expansão da produção em pastagens degradadas e aumento da produtividade, por meio da intensificação sustentável da pecuária.

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