Mapeamento contabiliza 179 mil hectares afetados pelas geadas em julho
De acordo com um estudo inédito elaborado por professores da área de sensoriamento remoto do IFSuldeMinas – Campus Muzambinho (Instituto Federal do Sul de Minas), as geadas em julho atingiram cerca de 179 mil hectares das regiões Sul e Sudeste de Minas Gerais.
Alfenas, no Sul de Minas, foi uma das cidades mais prejudicadas. Estima-se que foi afetada uma área de aproximadamente 3.600 hectares. Em Muzambinho, a área atingida por geadas foi de 1.517 hectares, ainda de acordo com os dados do estudo.
Um dos professores responsáveis pelo estudo, Allan Arantes Pereira, mapeou as áreas danificadas utilizando técnicas de sensoriamento remoto, juntamente com os professores Walbert Júnior Reis dos Santos e Lucas Eduardo de Oliveira Aparecido. A geada afetou todas as áreas e culturas. O trabalho ainda apontou as áreas onde a geada teve severidade média, alta e baixa, podendo servir como base de dados para mitigação dos danos na cafeicultura.
O mapeamento é feito de forma automática a partir de um índice de geada que foi desenvolvido com base em estudos preliminares de sensoriamento remoto e de cafeicultura desenvolvidos no campus do instituto. O próximo passo será a de validação do mapeamento com dados de campo e a extração dos padrões das áreas atingidas para gerar um mapa de risco de geadas.
Leia também: Mudanças climáticas vão impactar agricultura.
Novo relatório do clima traz previsões preocupantes para agricultura
