Atividade tem papel importante na geração de emprego e renda, além da produção de alimentos principalmente para o mercado interno
De acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Minas Gerais tem 441,8 mil estabelecimentos de agricultura familiar. É o segundo estado brasileiro com mais pessoas ocupadas nesse setor, com cerca de 1 milhão de trabalhadores, segundo o IBGE. Quase 90% das propriedades são de pequeno porte, com menos de 50 hectares.
Minas Gerais só fica atrás da Bahia em número de trabalhadores e propriedades de agricultura familiar. De acordo com a Seapa, a atividade tem grande importância na geração de emprego e renda, além da contribuição na produção de alimentos. Cerca de 70% do feijão, 35% do arroz e 60% da produção de leite no Brasil sejam fruto do trabalho de agricultores familiares. “Uma estratégia fundamental para fortalecer essas atividades é promover o acesso à informação e a políticas públicas que forneçam subsídios às famílias produtoras, garantindo os meios para o aprimoramento dos seus processos e a otimização da entrega de seus produtos “, detalha João Denilson Oliveira, superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seapa.
O Governo de Minas diz que desenvolve uma série de ações para estimular o crescimento da agricultura familiar no estado. Entre as iniciativas está o Programa Estadual de Regularização Fundiária. Desde 2019 foram entregues 4.913 títulos de terras devolutas, que até então pertenciam ao Estado, apesar de ocupadas por posseiros. Neste projeto foram investidos R$ 8 milhões em 63 municípios.
Com a regularização fundiária, os agricultores podem ter acesso a políticas públicas voltadas para a agricultura familiar e também a crédito rural, para investir em melhorias nas propriedades e aumentar a produção, contribuindo para o desenvolvimento do setor.