A empresa de celulose recrutou mulheres da comunidade para capacitação e contratação, no Leste de Minas.
A Cenibra abriu, em agosto, uma turma mista para capacitação de operadores de máquinas de colheita florestal. A equipe é composta por mulheres das comunidades da região de Guanhães, no Vale do Rio Doce, e por empregados da empresa. Há previsão para as demais regionais serem abrangidas. O Programa de Diversidade e Inclusão quer qualificar mulheres para a atividade florestal e ofertar oportunidade de crescimento profissional interno.
“Atualmente, 100% da operação da colheita florestal é realizada por homens. Percebemos que é uma atividade também desejada pelas mulheres e estamos abrindo esse espaço, buscando promover a diversidade e a equidade de gênero”, destaca a coordenadora de Desenvolvimento Organizacional, Yara Aparecida Furbino de Melo.
O curso é constituído de três fases: a teórica, que inicia com princípios de governança da empresa, competências comportamentais, noções básicas de mecânica, hidráulica e operação, cumprindo rigorosamente os aspectos legais; a de simulador da operação de máquina na floresta virtual, e a prática, com operação assistida. Em todas as fases, os alunos e as alunas são avaliados para verificação da absorção do conhecimento e, assim, seguir para a fase seguinte.
Para as mulheres da comunidade, a Cenibra oferece bolsa-auxílio nas duas primeiras fases e contratação a partir da terceira, além de alimentação e transporte em todas as fases.
Segundo o coordenador da Colheita Florestal, Bruno Ricardo Fernandes, a área operacional acredita no sucesso desse projeto. “Na colheita, a presença de mulheres no quadro administrativo já é uma realidade, mas no quadro operacional ainda é um desafio a ser trabalhado. O Programa de Diversidade e Inclusão nos dá subsídio para provarmos que é possível a presença de mulheres nas atividades operacionais”.