A palma é rica em energia e tem boa capacidade de rebrota após o corte
Um trabalho inédito apresenta soluções para para o controle de cochonilhas da palma forrageira e do algodoeiro no semiárido brasileiro. Um novo inseticida natural à base do suco retirado das folhas do sisal (Agave sisalana), foi desenvolvido pela Embrapa Algodão e o Instituto Nacional do Semiárido tende a controlar as cochonilhas da palma forrageira e do algodoeiro no Semiárido brasileiro. O pesquisador Everaldo Medeiros, que coordena o projeto pela Embrapa, explica que as duas culturas têm sido essenciais para a manutenção dos rebanhos no Semiárido, com custos menores que os concentrados de grãos, produzidos no Cerrado do país, daí a importância do composto para a sustentabilidade dessas culturas.
Além de menor custo e tolerância à seca, a palma é rica em energia e tem boa capacidade de rebrota após o corte, como uma cultura que pode ser explorada por vários anos seguidos, possibilitando maior eficiência no uso da terra. Apesar de possuir baixo teor de proteína, a palma forrageira possui altos teores de carboidratos totais, matéria mineral e umidade, características importantes na alimentação e hidratação dos animais devido à escassez hídrica.
O algodão também possui tolerância ao déficit hídrico, além de ser uma excelente alternativa como nicho de mercado orgânico e natural para complementação de renda do pequeno produtor. Além da produção de fibra, a sua integração permite a composição da fração proteica existente na biomassa do algodoeiro, e a utilização da torta e farelo após o beneficiamento da pluma. “A identificação dessas pragas e o seu controle químico são procedimentos trabalhosos e de altos custos. A busca de produtos fitoquímicos envolvendo compostos ativos inseticidas tem sido uma estratégia eficiente e com menor impacto para humanos, animais domésticos e meio ambiente”, afirmou o entomologista Carlos Domingues, também da Embrapa Algodão.