Três vítimas são indígenas do Vale do Mucuri e morreram após a confirmação da doença
Confirmada a terceira morte causada por raiva humana em Minas Gerais. A terceira vítima da doença é uma adolescente indígena de 12 anos, que estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital João Paulo II, no Centro de Belo Horizonte, e morreu na última sexta-feira (29). Ela vivia em uma aldeia Maxacali na área rural de Bertópolis, no Vale do Mucuri, e foi diagnosticada com raiva humana após ser mordida por um morcego.
As outras duas mortes são de moradores da mesma aldeia. Zelilton Maxacali, também com 12 anos, morreu no dia 4 de abril, por complicações da doença. uma criança, de 5 anos, morreu no dia 17 de abril. Os três casos tiveram o diagnóstico de raiva humana confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Segundo os registros da SES, as três vítimas foram mordidas pelo mesmo morcego.
Um quarto caso da doença está sendo investigado pela secretaria estadual. Uma menina, de 11 anos, apresentou sintomas de raiva humana. Por ser parente das outras vítimas, ela foi encaminhada para o hospital. A criança passou por exames e segue internada em observação. O quadro clínico é considerado estável.
Depois do registro dos casos de raiva, técnicos do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) estiveram na aldeia indígena, capturaram morcegos e fizeram palestras com as crianças do povoado. Eles orientaram que ninguém deve se aproximar dos morcegos, porque os animais podem estar infectados com a doença. Os técnicos permaneceram na vila por dois dias e recolheram amostras de animais para a realização de exames.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que novas doses de vacina antirrábica humana foram enviadas para a região no domingo (24). O soro antirrábico humano para a população exposta e vacina antirrábica animal para cães e gatos da região também foram enviados.
A secretaria orienta que, em caso de qualquer incidente com mamíferos silvestres ou domésticos, sobretudo morcegos, cães e gatos, é importante procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação da necessidade de adoção de medidas profiláticas, como administração de vacina e soro.