Objetivo é incentivar práticas climaticamente inteligentes e adoção de novas tecnologias que reduzam a emissão de gases de efeito estufa
O BDMG, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, e a Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, lançaram esta semana o programa LabAgroMinas. O projeto incentiva práticas de agricultura sustentável e climaticamente inteligente, com o objetivo de estimular o uso de novas tecnologias que reduzam a emissão de gases do efeito estufa. A primeira fase da iniciativa será financiada com recursos da União Europeia, com repasse de 200 mil euros por uma parceria com a LAIF, Agência Francesa de Desenvolvimento.
O LabAgroMinas pretende estimular práticas que promovam a regeneração do solo e aumentem o desempenho das lavouras. Produtores rurais interessados na aplicação das soluções sustentáveis vão contar com assistência técnica da Embrapa. O BDMG está elaborando programas de oferta de crédito em parceria com cooperativas locais. A previsão é que o projeto dure cinco anos. Os dois primeiros serão financiados com recursos da União Europeia, a partir de um repasse de 200 mil euros em parceria com a Agência Francesa de Desenvolvimento.
Agricultores vão receber orientação técnica da Emater. (Foto: Agência Minas)
“Como instituição comprometida com o desenvolvimento sustentável, o BDMG busca, com o LabAgroMinas, incentivar a adoção de tecnologias inovadoras para o produtor rural, gerando aumento da produtividade e fortalecendo as cadeias locais de fornecimento de insumos. Para isso, queremos expandir nossa atuação em linhas de crédito que possam contribuir para o desenvolvimento territorial sustentável, em linha com as diretrizes do Governo de Minas, de buscar a redução contínua das emissões de gases de efeito estufa no estado. Neste programa, vamos contar com a expertise da Embrapa em pesquisa no setor e com o conhecimento das condições específicas das principais culturas agrícolas mineiras”, afirma Marcelo Bomfim, presidente do BDMG.
Projeto vai começar em regiões produtoras de grãos em Minas. (Foto: Seapa)
Vão ser selecionados 18 projetos em fazendas de grãos de médio e grande porte, acima de 500 hectares. A primeira fase do programa vai acontecer no Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, importantes regiões produtoras de grãos. “Lavouras de soja, milho e feijão são muito representativas, pois respondem por cerca de 64% da produção agrícola mineira, e essas regiões concentram cerca de 90% da produção de grãos do estado. Além disso, são culturas anuais, ciclos curtos, o que possibilita a obtenção de resultados mais rapidamente do que seria com culturas perenes, como por exemplo o café”, detalha o chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro da Silva Neto.
