O evento atraiu dezenas de cafeicultores que participaram de palestras que propõem a otimização da atividade cafeeira na região.
Durante todo o dia, mais de 200 produtores e empreendedores do setor estiveram reunidos assistindo palestras sobre as oportunidades da tecnologia para a agricultura e sobre o mercado do café especial. “A ideia foi gerar interação entre os participantes, para que eles pudessem se unir em prol do desenvolvimento coletivo da nossa região. O Encontro dos Cafeicultores trabalhou pilares como mercado do café, qualidade artesanal e sustentabilidade natural, que aborda a relação do homem com o campo”, sublinha o analista do Sebrae Minas Jean Costa.
Na abertura, o Presidente do Conselho das Entidades das Matas de Minas, Sérgio Cotrim D´Alessandro, fez um relato das conquistas da cafeicultura desde a década de 90 com os primeiros concursos de qualidade até a atual fase com inúmeros prêmios e o reconhecimento internacional das Matas de Minas.
O gerente regional do Sebrae, João Roberto Lobo, ressaltou a parceria de longos anos com as entidades e parceiros da região. “O trabalho desenvolvido pelo Sebrae Minas estimulou a estruturação de toda a cadeia produtiva na região”.
Na parte da manhã, o especialista em cafés especiais Hugo Wolf apresentou palestra sobre a nova cultura do café no Brasil. Em seguida, Fábio Carvalho – Sicoob Credcooper – demonstrou a importância do desenvolvimento sustentável na cafeicultura e pontuou como isso está presente nas propriedades da região.
O evento recebeu cerca de 200 cafeicultores. (Foto: Portal Caparó)
Durante a tarde, o professor Elder Stroppa, do Instituto Federal Sudeste de Minas, mostrou a força do trabalho coletivo no desenvolvimento regional.
O encerramento teve uma aula prática de como a torra pode valorizar o café do produtor, com a participação do mestre de torra e barista Gabriel Heinerici e a diretora da Sefora Nunes Emerich de Paula, da Átilla Torradores.
As 64 cidades que formam a Região das Matas de Minas totalizam uma população de 1 milhão de habitantes. Atualmente, os cafeicultores arrecadam cerca de R$ 8 bilhões por ano, seja pela comercialização nos próprios municípios ou com a exportação. Do total de propriedades, 80% são de pequenos agricultores, que plantam até 20 hectares de terra.
Em 2013, foi instituído o Conselho das Matas de Minas. Em 2020, a região produtora de café Matas de Minas recebeu a chancela de Indicação de Procedência (IP) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o que a distingue pela variedade e riqueza na produção no Brasil.
Confira perfil produtivo da região em um levantamento divulgado pelo Conselho das Entidades das Matas de Minas:
