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Geada faz preço do café disparar e produtor segue cauteloso

Especialistas do mercado de café agora voltam as atenções para a safra do ano que vem, que será prejudicada pela seca e geada

Guto Moreira
26 de julho de 2021
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O mercado de café reagiu em alta após a geada que atingiu o parque cafeeiro do Sul de Minas na última semana. Os preços da saca passaram de R$ 1 mil. Mesmo lidando com altos e baixos, a preocupação do setor agora é com a safra 2022. O que os especialistas que lidam com o mercado do grão destacam é que haverá queda na produção.

Os prejuízos ainda estão sendo contabilizados nas lavouras. Mas, levando em conta a falta de chuva e as altas temperaturas desde o ano passado, as incertezas só aumentam. Segundo levantamento feito pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), cerca de 7 milhões sacas de café a menos serão comercializadas pelo Brasil, maior produtor e exportador do grão. Héberson Vilas Boas, trader de uma cooperativa em Varginha, no Sul de Minas, explica que espera-se preços firmes até a virada do ano.

“As perspectivas sobre o fornecimento de café devem aumentar os preços da bebida. A bolsa [Nova Iorque] explodiu e continua em alta. As novas frentes frias que devem atingir a região deixarão o mercado muito agitado”, diz o trader.

Frio continua

De acordo com institutos de meteorologia, as baixas temperaturas continuarão nesta semana em todo o Sul de Minas por causa de uma massa de ar polar que se forma na Argentina e avança pelo Brasil, principalmente pelo Sul do país, entre terça-feira (27) e quarta-feira (28).

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