Em Minas Gerais, a maior redução ocorreu no sul do estado, com uma queda na produtividade em torno de 17,8%
O terceiro levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que os produtores brasileiros de café deverão colher 50,38 milhões de sacas na safra 2022/2023. Os manejos em campo já estão no final e atingem 99% da área destinada para a cultura. O volume representa um aumento de 5,6% em comparação ao ano de 2021.
Na espécie arábica, a produção deverá ser de 32,41 milhões de sacas, 3,1% maior em comparação com a safra anterior. Já no caso do canéfora, a projeção é de um novo recorde de produção, estimado em um volume próximo a 18 milhões de sacas, acréscimo de 10,3%.
“O CNC trabalhou desde o início apontando de forma técnica que não teríamos uma super safra, visto os eventos climáticos de seca prolongada e geada. Agora, julgamos que os números da Conab se aproximam da realidade”, falou o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro.
Ainda de acordo com o levantamento da Conab, a área destinada à cafeicultura nacional em 2022 é de 2,24 milhões hectares, sendo 1,84 milhão de hectares para lavouras em produção e 402 mil hectares de área em formação. A produtividade média nacional de café também deve crescer e é projetada em 27,4 sacas por hectare, 3,7% maior em relação à última safra.
O estado foi fortemente impactado pelo clima e tem produção estimada em 22 milhões de sacas, um leve recuo de 0,5% em comparação com a colheita de 2021. A maior redução ocorreu no Sul de Minas, com uma queda na produtividade em torno de 17,8%.
