Estrutura já começou a ser construída e vai funcionar na sede da Emater, em Belo Horizonte, em parceria com a UFMG
Começaram no mês passado as obras para o primeiro Museu Mineiro da Extensão Rural. A iniciativa é da Emater-MG, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais, em parceria com a UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais. O objetivo é preservar a memória da extensão rural no estado. O espaço vai funcionar na sede da Emater, em Belo Horizonte, e deve ser inaugurado ainda no primeiro semestre de 2023.
No museu, os visitantes vão ter a oportunidade de conhecer a trajetória da extensão rural em Minas, que é pioneira no país. O acervo vai contar com fotografias, objetos e textos explicativos, além de vídeos com depoimentos dos extensionistas e agricultores. “A gente tem um orgulho muito grande de ser o berço da extensão rural no país. Resgatar essa história e mostrá-la para a população, principalmente para a população urbana, é muito importante para valorizar o trabalho da extensão rural e dos produtores rurais”, explica o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia.
Além do acervo no espaço físico, a Emater-MG e a UFMG estão preparando uma versão digital do museu para que pessoas de outras cidades do estado tenham acesso à atração. Um dos destaques é o Jeep Willys MB, veículo que teve um papel estratégico para a Associação de Crédito Rural (ACAR-MG), empresa que antecedeu a criação da Emater-MG na década de 1970. O veículo levou os primeiros extensionistas para os atendimentos às famílias rurais que viviam em áreas de difícil acesso.
De acordo com a Emater, estudantes do curso de Museologia da UFMG estão catalogando o acervo do museu. A equipe é coordenada pelo professor e vice-diretor da Escola de Ciência da Informação da UFMG, Jezulino Mendes Braga. Vão ser abordados temas como vida no campo, extensão rural e perspectivas futuras. “Nenhuma instituição no Brasil possui acervo tão rico sobre o tema da extensão rural. A partir do momento em que projetamos um museu e posteriormente um arquivo, potencializamos a produção de conhecimento sobre processos cooperativos de melhoria na vida do campo, qualidade na produção de alimentos, desenvolvimento de tecnologia para o meio rural. Essa produção serve como base para a implantação de políticas públicas por parte do Estado”, afirma Jezulino.
