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Café arábica registra alta nos preços

Aumento está ligado à retração vendedora e à alta dos futuros externos

(Foto: TV Alterosa)
Guto Moreira
3 de setembro de 2021
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A colheita da safra 2021/2022 de café arábica se aproxima do fim nas regiões produtoras no Brasil. Até a semana passada, os trabalhos de campo haviam alcançado entre 85 e 95% do total de grãos produzido no país, informou pesquisadores do Centro de Estudados Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Mesmo com o avanço, os preços do arábica voltaram a subir nas últimas semanas. Entre 30 de julho e 31 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, subiu R$ 69,79 por saca (ou 6,9%), fechando a R$ 1.1084,23.

Ainda de acordo com os pesquisadores, a alta nos preços esteve ligado à retração vendedora e à alta dos futuros externos, impulsionados por fatores técnicos, pela queda do dólar frente ao real e por perspectivas de oferta limitada no Brasil nos curto e médio prazos. Além do volume abaixo do esperado em 2021/2022, os estragos causados pela geada e a seca na próxima safra (2022/2023) seguem no radar dos agentes.

Em relação ao canéfora (robusta), os preços registraram alta de forma mais intensa. Entre 30 de julho e 31 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima avançou R$ 110,4 por saca (ou 19%), fechando a R$ 691,01. O cenário climático ainda mantém os produtores afastados do mercado, com poucos volumes sendo negociados.

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