Patrocínio Logo TV Alterosa
Euro R$ 5,25
Dólar R$ 4,82
Sol com algumas nuvens. Não chove.
Belo Horizonte
25º

Projeto da UFV sobre a macaúba é reconhecido internacionalmente

A iniciativa foi premiada com financiamento de mais de R$ 1 milhão

No início dos anos 2000 a macaúba foi descoberta como uma das espécies de planta mais promissoras para a produção de energia limpa (Foto: Mapa)
Vivia de Lima
3 de novembro de 2021
compartilhe

Um projeto da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que desenvolve pesquisas com a  macaúba, que é uma espécie de planta nativa brasileira, foi  aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pelo governo da Alemanha. O financiamento, conforme divulgado pela instituição, é de mais de R$ 1 milhão e tem como objetivo apoiar soluções tecnológicas inovadoras para o desenvolvimento sustentável e o crescimento econômico do Brasil e da Alemanha em projetos de bioeconomia.

No início dos anos 2000, a partir do Programa Nacional de Uso e Produção de Biodiesel, observou que a macaúba era uma das espécies de planta mais promissoras para a produção de biodiesel e bioquerosene, que são fontes de energia limpa. Por isso, a macaúba pode se tornar uma dessas soluções para a produção energética. “Ela poderia ser cultivada em mais de 160 milhões de hectares ocupados atualmente pela pastagem (pecuária). Só em Minas Gerais seriam 25 milhões de hectares. Nessa área pode-se produzir de quatro a seis toneladas de óleo por hectare a cada ano, que pode ser a matéria-prima do biodiesel e do bioquerosene. Já imaginou quanto biodiesel e bioquerosene poderíamos produzir no Brasil? O petróleo é considerado o ouro negro. Já a macaúba pode ser o petróleo renovável cultivado nos campos brasileiros, o ouro”, avaliou o professor Sérgio Yoshimitsu Motoike, coordenador do projeto.

As pesquisas serão realizadas pelos professores do Departamento de Agronomia (DAA) através do projeto AcroAlliance. No Brasil, ele será coordenado pela UFV, com a participação do Instituto Agronômico e do Instituto de Tecnologia de Alimentos. Os estudos pretendem desenvolver material de plantio, definir as melhores práticas agrícolas para o cultivo da macaúba, além de desenvolver tratamento pós-colheita.

Pioneirismo

A UFV é pioneira em pesquisa e desenvolvimento com a cultura da macaúba e reúne pesquisadores com os maiores números de publicações e citações científicas sobre o assunto nos últimos 10 anos. Diversos resíduos da planta também possuem alto valor e potencial de aplicação nas indústrias de alimentos, cosmética, oleoquímica, compostos farmacêuticos e energia.

compartilhe