A pesquisa feita por uma faculdade da cidade revela que em um ano os alimentos analisados encareceram 16,4%
Em Divinópolis, na região Centro-Oeste do estado, a carne é o alimento que mais pesa na cesta básica. Uma pesquisa, feita pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico Sociais (Nepes) de uma faculdade da cidade, revela que a cesta de alimentos fechou 2021 com mais um aumento.
Em dezembro, a cesta básica de alimentos em Divinópolis teve alta de 7,89%. No acumulado dos últimos 12 meses a alta dos preços chega a 16,4%. Segundo a pesquisa do Nepes, o trabalhador gastou R$ 525,29 para comprar os alimentos. O levantamento leva em conta 13 produtos alimentícios em quantidade suficiente para o sustento e bem estar de um trabalhador em idade adulta.
A carne bovina representa 40,2% do valor gasto para a compra da cesta básica. Em dezembro a carne teve aumento de 5,89% em relação ao mês anterior. “Pode-se considerar como motivos para este aumento na carne bovina de primeira, a retirada da sanção chinesa à carne brasileira e a retomada das exportações. Além disso, o período de entressafra reduziu a quantidade de boi para abate”, explica Wagner Almeida, professor coordenador da pesquisa.
Outros produtos também tiveram alta nos preços. O açúcar, por exemplo, subiu 6,16%. O tomate longa vida teve reajuste de 24,04% e a banana ficou 38,86% mais cara. “O aumento no preço da banana-prata pode ser explicado pelo aumento da demanda e uma oferta comprometida nas regiões produtoras da fruta, em função do início do período de entressafra. Já no caso do tomate houve redução da área plantada e busca por culturas mais lucrativas, devido ao menor consumo das famílias em 2021. Já a alta no preço do açúcar se deve a entressafra da cana que causou redução na oferta e elevou os preços no varejo”, destaca o coordenador do levantamento do Nepes.