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Preço dos alimentos tem redução, mas segue pesando muito no bolso

Pesquisa sobre o preço dos itens que compõe a cesta básica de alimentos revela que de janeiro a agosto deste ano a alta acumulada é de 4,58%

Consumidor gasta metade do salário mínimo para comprar cesta básica de alimentos. (Foto: Natinho Rodrigues)
Ricardo Miranda
17 de setembro de 2022
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Mais uma pesquisa sobre a cesta básica de alimentos foi feita em Divinópolis, na região Centro-Oeste. O Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico Sociais (NEPES) de um centro universitário da cidade avaliou o preço de 13 itens e mostrou que em agosto os preços caíram 2,05% em relação a Julho, passando de R$ 572,04 para R$ 560,32. Apesar da redução mensal, no acumulado deste ano o custo dos alimentos analisados subiu 4,58%.

De acordo com a pesquisa, dos 13 itens que compõe a cesta básica, 5 tiveram aumento de preços em agosto: banana-prata (28,58%), tomate (28,15%), Açúcar (3,77%), manteiga (1,12%) e carne (0,87%). Por outro lado, a maior redução foi no caso da batata, com queda nos preços de 23,81%. Também houve redução no pão francês (15,69%), no feijão (13,81%), no leite (11,11%) e no óleo (10,78%). “Para este último em específico, a redução dos preços internacionais da soja, devido a uma demanda menor e ao ritmo menos intenso de negócios, contribuiu para o crescimento da oferta. Internamente, com o aumento da disponibilidade da soja e demanda reduzida, reprimida por causa dos altos patamares de preços do óleo no varejo, houve queda no valor médio”, explica o coordenador da pesquisa, professor Wagner Almeida.

Mesmo com a redução de preços observada entre Julho e Agosto, o custo dos alimentos continua pesando no bolso dos consumidores. De acordo com a pesquisa, na comparação de Agosto de 2021 com o mesmo mês deste ano, a cesta básica de alimentos apresenta aumento de 20,4%. “Considerando o salário mínimo liquido, em agosto de 2022, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador precisou comprometer 49,9% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês”, concluiu Wagner.

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