Produtor que tinha estoque garantido se beneficiou com a valorização de 134% no valor de mercado do café
A disparada do preço do café tem assustado os consumidores brasileiros. O café moído fechou o ano de 2021 com um aumento de 50,24% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O clima e o dólar são a explicação para essa alta, que refletiu no cafezinho chegando mais caro na xícara. O presidente do Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais (CCCMG), em Varginha, Archimedes Coli Neto, explica que o produtor que tinha estoque garantido se beneficiou com a valorização de 134% no valor de mercado do café.
“Grandes produtores faturaram muito, mas a maioria é de pequenos e médios cafeicultores e, como os insumos e o custo de produção também subiram muito, muitas famílias quebraram onde a geada foi mais severa, como no Sul de Minas e no Triângulo Mineiro”, disse.
Já em relação ao cenário da safra em 2022, Archimedes fala que é de incerteza. “O produtor está muito resistente, inseguro sobre o potencial da nova safra, prevista para maio, então, por enquanto, ele tem vendido só o necessário para fazer caixa. E o mercado internacional está estagnado, a tendência é que os preços se mantenham firmes diante de uma colheita menor”, finaliza.