O produtor deve estar mais atento àquelas lavouras que foram podadas
No último mês de janeiro grande parte das lavouras do Centro Norte do Brasil, abrangendo os estados do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Bahia registrou volumes de chuvas acima da média. Já a Região Sul do país tem experimentado eventos de seca prolongada, com temperaturas acima da média do período. As temperaturas abaixo da superfície do oceano, em janeiro, estavam acima do normal partindo do Oeste em direção à região Central, e abaixo do normal na parte Leste do Pacífico Equatorial.
Em março, de acordo com técnicos da Epamig, as temperaturas devem permanecer acima da média na região Sul do Brasil e na parte litorânea entre o Pará e Alagoas. Em abril e maio é esperado que em quase todo o Brasil as temperaturas ocorram dentro da média do período. Sendo que na parte Leste de Minas e no Espírito Santo são esperadas temperaturas abaixo da média do período.
Nos meses de março a maio é esperado que a “falta de chuvas” se intensifique em toda a região Sul chegando até ao Mato Grosso do Sul. O excesso de chuvas nas principais regiões produtoras de cafés do país nos últimos meses contribuiu para que o controle de plantas espontâneas, as pulverizações e outros tratos culturais fossem prejudicados, dificultando, assim, a recuperação dos cafezais. Por outro lado, as chuvas acima da média podem favorecer o período de enchimento dos grãos e, consequentemente, a qualidade final dos frutos da próxima safra.
O produtor deve estar mais atento àquelas lavouras que foram podadas, sendo, portanto, necessário atenção redobrada nas “desbrotas”, nas pulverizações para controle das deficiências, principalmente de boro e zinco, bem como também no controle de pragas e doenças. Nos plantios novos a atenção deve se voltar para o “pegamento” das mudas, pois existe a possibilidade de morte destas, sendo necessário o replantio o mais rápido possível, enquanto os solos ainda estão úmidos.