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Advogado larga profissão e vira cafeicultor em Aimorés

Neste ano ele deve colher 540 sacas de conilon na propriedade que fica no Leste de Minas

O financeiro é consequência de muito trabalho, diz advogado que hoje é cafeicultor. (Foto: Arquivo pessoal)
Washington Bonifácio
25 de janeiro de 2022
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Aimorés é uma cidade mineira que fica na divisa com o Espírito Santo. O principal acesso ao município é a rodovia 259. A cidade é o ponto onde o Rio Manhuaçu se encontra com o Rio Doce, duas importante bacias que banham parte do Leste de Minas.

A economia local é firmada na pecuária leiteira, mas a cafeicultura tem se despontando por aquelas bandas. Como o clima é quente, a predominância do café conilon é maior.

Moisés produtor de café

O cafeicultor disse que encontrou tranquilidade e qualidade de vida no campo. (Foto: Arquivo pessoal)

O Moisés Vazzoler Pazini, de 34 anos, é advogado e resolveu colocar a profissão em segundo plano para investir no campo. Ele tem uma lavoura de 20 mil e cem pés de café. Atualmente ela está na fase de crescimento dos grãos. São 6 hectares da variedade clonal conilon.

“A nossa expectativa é de colher 90 sacas por hectare. Pois duas quadras de lavouras são antigas e precisam ser renovadas com clones mais produtivos”, disse o produtor.

Pela previsão feita pelo técnico que atende o Moisés, a colheita pode chegar a 540 sacas de café. A lavoura é irrigada com um sistema automatizado, então a expectativa é considerada boa.

“Prefiro o café pelo fato da liberdade e tranquilidade que o campo trás. Ninguém fica atrás de mim me cobrando nada! O financeiro é consequência de muito trabalho, mas vale a pena,” revela Moisés.

Produtor mostra café no pé.

Produtor mostra o pé carregado de café. (Foto: Arquivo pessoal)

Desafios

O produtor espera um bom faturamento, mas sabe que a área é desafiadora. Assim como em todas as regiões de Minas Gerais, a mão de obra tem sido escassa e isso é um entrave. O segundo desafio é o preço dos insumos que também é uma queixa geral.

“Fertilizantes e herbicidas estão com custo extremamente alto”, afirma o produtor.

Mas nada disso se compara às preocupações com as variações de mercado. Segundo Moisés, o maior medo dele é o de que o preço do café baixe e os insumos continuem altos.  Atualmente a saca está custando 820 reais.

“ Tememos que a conta não feche”, finaliza.

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