Pesquisa feita pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico Sociais (Nepes) revelou quais alimentos ficaram mais caros
A guerra entre Rússia e Ucrânia e a consequente diminuição da oferta de trigo no mercado internacional contribuíram para o aumento do preço do grão. Com isso, o preço do pão francês também subiu. Em Divinópolis, na região Centro-Oeste do estado, em março o quilo foi vendido, em média, por R$11,98. Em fevereiro preço era R$9,98, ou seja, em um mês o aumento foi de 20,04%.
Os dados são de um levantamento feito pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico Sociais de um centro universitário de Divinópolis, que avaliou o reajuste da cesta básica de alimentos na cidade. Em março, o custo médio dos produtos chegou a R$596,00, reajuste de 4,09%. Em um ano o aumento foi de 41,5%.
Leite integral também teve aumento no preço. (Foto: Pref. Santiago)
A cesta básica de alimentos é composta por 13 produtos, em quantidade suficiente para o sustento e bem estar de um trabalhador em idade adulta. Além do aumento no preço do pão de sal, a pesquisa revelou que o leite integral ficou 19,46% mais caro. Em março o litro foi vendido, em média, por R$4,35. “Outros itens que registraram alta no mês foram o feijão (17,11%) pois mesmo com a fraca demanda interna, houve elevação dos preços devido à baixa oferta do grão carioca e à redução da área plantada. E também o tomate longa vida (16,16%) em função do menor volume ofertado, com a aproximação do final da safra de verão, que provocou o aumento nos preços do fruto”, destaca Wagner Almeida, professor coordenador da pesquisa.
Além do pão francês e do leite integral, a cesta básica de alimentos é composta por feijão, arroz, açúcar, farinha, batata inglesa, tomate, café em pó, banana prata, óleo e manteiga.
Entre os itens avaliados na pesquisa da cesta básica de alimentos, apenas dois tiveram redução no preço. No caso da manteiga a redução foi de 1,56%. Já no caso da banana prata a redução bem mais significativa, chegando a 31,09%.
