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Alta dos insumos afeta produção de bananas em Minas Gerais

Alta do dólar encareceu vários produtos usados no plantio, o que diminui a margem de lucro dos produtores mineiros

Minas Gerais é um dos maiores produtores de banana no estado. (Foto: Seapa)
Ricardo Miranda
7 de janeiro de 2022
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O Centro de Inteligência em Gestão e Mercados da Universidade de Lavras (UFLA) elaborou um levantamento sobre o impacto do preço dos insumos na produção de bananas no Brasil. O relatório apontou que a valorização do dólar frente ao real diminui os lucros dos produtores e deixa um cenário de incerteza para 2022.

Aumento do preço dos insumos afetou produção de bananas. (Foto: Seapa)

De acordo com o IBGE, a produção brasileira de bananas é de 7 milhões de toneladas por ano. Minas Gerais é o terceiro maior estado produtor, com 801,7 mil toneladas anuais. Nas propriedades das principais regiões produtoras, o levantamento feito pela UFLA revelou que em 2021 o Custo Operacional Efetivo (COE) teve aumento significativo.

O COE engloba todos os gastos do agricultor durante o ciclo produtivo. Como vários produtos tem o preço calculado em dólar, a valorização da moeda norte-americana fez com que os custos fixos dos produtores aumentasse bastante. Os fertilizantes estão entre os insumos agrícolas com maior reajuste de preço.

Incerteza para 2022

CNA aponta incerteza na produção em 2022. (Foto: João de Melo/Empaer)

O levantamento da UFLA mostra que, além do aumento do preço dos insumos agrícolas, outros fatores impactaram no preço da banana para os consumidores. Problemas ligados ao clima, por exemplo, comprometeram a produção e levaram à uma diminuição da oferta, encarecendo o produto.

De acordo com a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o cenário da produção brasileira de bananas em 2022 é incerto. As principais dificuldades estão ligadas à produção, ao transporte e comercialização do produto. “Esse cenário somado à constantes altas nos custos de produção limitam os produtores quanto a grandes investimentos para o próximo ano”, conclui a CNA.

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