Cinco frigoríficos em Minas Gerais estavam proibidos de vender carne para a Arábia Saudita
O governo da Arábia Saudita retomou importação de carne bovina vinda de Minas Gerais. O anúncio sobre a liberação acontece um dia após o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Brasil divulgar que o país árabe havia decidido suspender a compra dos produtos comercializados por cinco frigoríficos mineiros. O embargo aconteceu após a confirmação de um caso de Vaca Louca em Minas Gerais.
De acordo com o Mapa, foram feitas várias reuniões para reverter a decisão dos àrabes.. Segundo o Ministério, a Plena Alimentos S/A, em Pará de Minas, a Supremo Carnes, em Ibirite e Campo Belo, a Dimeza Alimentos, do Grupo Fricon, no município de Contagem, e a MaxiBeef Carnes, de Carlos Chagas, estavam proibidas de exportar os seus produtos de carne bovina para a Arábia Saudita.
Há alguns dias o Ministério da Agricultura confirmou dois casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), doença popularmente conhecida como “mal da vaca louca” em frigoríficos de Minas Gerais e do Mato Grosso. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concluiu que se tratam de casos atípicos da doença, quando não há transmissão entre o rebanho, não representando riscos para a cadeia produtiva.
A encefalopatia espongiforme bovina é uma doença grave que atinge o sistema nervoso do animal, em muitos casos levando à morte. O ser humano pode ser infectado a partir do consumo de carne ou subprodutos do gado infectado. Após a confirmação dos dois casos no Brasil, o país decidiu suspender por conta própria a exportação de carne bovina para a China.
A confirmação dos casos e a suspensão das exportações de carne bovina para a China traz insegurança para o mercado. Os chineses são os maiores importadores do setor.
A consultoria Safras & Mercado aponta que as cotação do boi gordo no mercado físico brasileiro está sendo penalizada por conta da demora na retomada das exportações. Os preços para os consumidores nacionais também podem ser impactados. O Ministério da Agricultura informou que vai ampliar as negociações com a China para tentar normalizar a situação.