De acordo com o Ministério da Agricultura, apesar do valor recorde, a quantidade de produtos vendidos para o exterior caiu
De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil bateu recorde no valor de exportações do agronegócio em outubro. Foram US$ 8,84 bilhões em produtos vendidos para o exterior, um aumento de 10% em comparação com o mesmo mês em 2020. Por outro lado, a quantidade de produtos enviados para outros países recuou 12,5%.
Na avaliação da secretaria, a alta dos preços internacionais das commodities ajudou a elevar o valor exportado pelo Brasil. Os preços médios das exportações brasileiras aumentaram 25,8% na comparação com outubro de 2020.
A China se mantém como principal país comprador de produtos do agronegócio brasileiro. De acordo com o Mapa, a cada US$ 4 exportados pelo Brasil, aproximadamente US$ 1 é para o país asiático. Ao todo, a China importou US$2,25 bilhões em produtos do agronegócio brasileiro em outubro. Para se ter uma ideia, os chineses compraram mais de 80% da soja em grão brasileira exportada.
O valor exportado da soja em grão cresceu 94,3%, chegando a US$ 1,72 bilhões, com 3,3 milhões de toneladas vendidas. O preço médio foi de US$ 522 por tonelada, 42,9% a mais do que em outubro de 2020.
Outro recorde foi na exportação de carne suína. As vendas para o exterior atingiram US$ 215,98 milhões, com o crescimento de 11,5% na quantidade exportada.
Com a carne de frango, o valor das exportações cresceu 60%, totalizando US$ 700,08 milhões. A quantidade exportada subiu mais de 23%. O setor cafeeiro também se destacou. As vendas para o exterior chegaram a US$ 606,71 milhões, crescimento de 18,9%, apesar do recuou de 15,9% no volume exportado.
O Mapa também divulgou informações sobre as importações de produtos para o agronegócio que subiram 16,8% em outubro de 2021 na comparação com o mesmo período de 2020. Foram US$ 1,2 bilhão em mercadorias compradas de outros países. Segundo o Mapa, vários produtos apresentaram alta expressivas nos preços médios. O trigo, por exemplo, subiu 15,5%. O óleo de palma 68,7% e o azeite de oliva 26,3%.