Plantio já começou e outras espécies devem ser incluídas na Farmácia Viva de acordo com a demanda do projeto
Em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, uma parceria entre a prefeitura e a Epamig, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, vai possibilitar a implantação de uma farmácia viva. Serão plantadas diferentes espécies de ervas medicinais para contribuir para a saúde da população.
A Epamig está apoiando a prefeitura com o fornecimento das mudas de espécies medicinais, treinamentos sobre tecnologias de cultivo para a equipe do projeto e agricultores familiares interessados. “A proposta de implementação da Farmácia Viva de Brumadinho foi contemplada em Edital do Ministério da Saúde, e, como a Epamig tem trabalhado com pesquisas para desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias de cultivo, colheita e pós-colheita de espécies medicinais selecionadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e espécies listadas na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS), foi convidada para participar do projeto”, explica a pesquisadora Maira Fonseca.
Na área onde vai funcionar a Farmácia Viva de Brumadinho os pesquisadores já começaram o plantio de mudas de calêndula e rizomas de açafrão. A previsão é que outras espécies sejam incluídas ao projeto, de acordo com a demanda. “Espera-se que as tecnologias de cultivo, colheita e pós-colheita desenvolvidas pela equipe de pesquisadores da Epamig sejam incorporadas ao sistema de produção das espécies medicinais selecionadas pela da Farmácia Viva de Brumadinho, auxiliando assim para a produção de um material vegetal de qualidade para uso na saúde da população”, completa Maira.
O projeto tem o objetivo de contribuir para a saúde da população, com o uso de plantas medicinais, além gerar ganhos econômicos, a partir da inserção de agricultores familiares na produção das mudas para a Farmácia Viva. “Há que se considerar também que aspectos culturais serão resgatados e fortalecidos com o trabalho da Farmácia Viva no município, evidenciando a importância da união do conhecimento popular com o conhecimento científico para o bem da sociedade,” finaliza a pesquisadora Marinalva Pedrosa.