Patrocínio Logo TV Alterosa
Euro R$ 5,27
Dólar R$ 4,84
Sol com algumas nuvens. Não chove.
Belo Horizonte
23º

China determina “prioridade máxima” para estocar alimentos

Autoridades chinesas ordenaram que compradores estatais se preparem para um possível desabastecimento global causado pela guerra na Ucrânia

Navio chinês atracado no porto de Paranaguá. (Foto: José Fernando Ogura/ANPr)
Ricardo Miranda
4 de março de 2022
compartilhe

A guerra na Ucrânia segue influenciando a economia do planeta. Com o avanço dos bombardeios e sem previsão de solução, o governo chinês determinou que o estoque de alimentos para abastecer o mercado interno do país asiático é “prioridade máxima”. A preocupação é que o conflito gere um aumento global de commodities e possa levar até ao desabastecimento de alguns produtos.

Milho está entre os produtos que devem ser estocados pelos chineses. (Foto: Mapa)

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, principal órgão econômico da China, ordenou que os compradores estatais façam a compra de produtos como petróleo, gás, minério de ferro, milho e trigo, de forma a garantir o estoque interno e se preparar para eventuais “lacunas” causadas pela guerra. O governo chinês não fez nenhuma menção aos preços, indicando que o custo não é uma preocupação e a prioridade é garantir o abastecimento.

O interesse de Pequim é garantir a segurança alimentar e energética do país e observa com preocupação os efeitos que a guerra pode causar ao longo dos próximos dias.

Efeitos globais

Preço do barril de petróleo ultrapassou US$ 110. (Foto: Petrobrás)

Assim como a China, outros países já se preparam para possíveis consequências causadas pela guerra. A tensão no Leste Europeu causar problemas logísticos e afetar o abastecimento de diversos produtos. Em Londres, o barril de petróleo já subiu 8,6% e o preço do alumínio 3,4%. Em Chicago, nos Estados Unidos, o valor do milho cresceu 3% e o do trigo 7,6%.

A Rússia é o maior país fornecedor de fertilizantes para o Brasil. A possibilidade de encontrar dificuldade para importar esses produtos preocupa os agricultores brasileiros, que já perceberam o aumento no preço de alguns itens. O mercado de combustíveis é outra preocupação. O preço do barril do petróleo ultrassou a marca de US$ 110 nessa quarta-feira e o mercado sinaliza a possibilidade de uma alta ainda maior, já que a Rússia responde por cerca de 10% da produção mundial de petróleo.

compartilhe