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China libera importação de carne bovina brasileira certificada

Lotes certificados antes de 3 de setembro podem entrar no país asiático, que segue com embargo sanitário à carne bovina vinda do Brasil

Carne que já estava em trânsito para a China está liberada para entrar no país asiático. (Foto: Sagrima)
Ricardo Miranda
26 de novembro de 2021
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A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, sigla em inglês) comunicou ao Brasil, esta semana, a liberação dos lotes de carne bovina brasileira que tinham certificação sanitária para exportação antes do dia 3 de setembro de 2021. Com isso, toneladas de carnes que já estavam em trânsito quando houve o embargo sanitário podem entrar no país asiático.

Frigoríficos estimam que 120 mil toneladas de carne bovina sejam liberadas para entrar na China. (Foto: Sagrima)

Com a liberação, o setor frigorífico estima a entrada de 120 mil toneladas de carne bovina na China. Os lotes receberam certificação sanitária e já tinham saído do Brasil quando o país confirmou os casos de Vaca Louca, em setembro deste ano. Desde então os chineses mantém o embargo às importações de carne bovina brasileira.

A ministra Tereza Cristina comemorou a decisão dos chineses e reafirmou que a liberação representa um “primeiro passo” para a retomada das exportações. “Não existe motivo de preocupação nem para os nossos consumidores nem para os consumidores externos. Essa liberação alivia os nossos exportadores que tinham muitos desses contêineres no mar ou em portos, que serão então liberados para entrarem na China. Agora, temos um próximo passo para liberar a suspensão da carne brasileira daqui para frente. Estamos em andamento neste processo e espero que isso aconteça ainda no próximo mês”, frisou Tereza Cristina.

Entenda o caso

Em setembro o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou dois casos de Vaca Louca no Brasil, em frigoríficos do Mato Grosso e de Minas Gerais. Como parte do protocolo sanitário firmado entre os dois países o Brasil suspendeu, preventivamente, as exportações de carne bovina para a China.

Brasil espera que embargo seja solucionado até o mês que vem. (Foto: Sindicarne)

De acordo com o Mapa, os dois casos da doença registrados no Brasil são do ‘atípicos’, quando os animais desenvolvem a contaminação de forma espontânea, não havendo ligação com a ingestão de alimentos, nem risco de contágio entre o rebanho. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) acompanha a situação e mantém o status brasileiro de “risco insignificante” para a doença.

Com o embargo sanitário que já dura quase três meses o Brasil suspendeu a produção de carne para envio para a China. O Mapa acredita que a situação só deva se normalizar a partir do mês que vem. O país já enviou os documentos solicitados pelos chineses, que estão avaliando as informações. “O setor [pecuária] mostrou que é forte, que tem que estar preparado para eventuais fechamentos, que vai continuar exportando e que a carne brasileira tem sempre lugar nos mercados, porque somos os maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo. Os produtores se movimentaram rapidamente, as plantas que estavam habilitadas para exportar aos Estados Unidos exportaram mais carne para lá, tendo até uma reação dos produtores americanos. Haverá uma nova cota de exportação de carne bovina para a Rússia ao qual o Brasil terá um acesso grande, por ser um grande exportador e por ter plantas já habilitadas para a Rússia”.

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