O setor de transportes e o agronegócio serão beneficiados com conexão que chegará a mais de dois mil trechos de estradas pavimentadas
A partir de agora, mais rodovias brasileiras terão conectividade. Segundo o Ministério das Comunicações, o sinal de internet chegará a 35,7 mil quilômetros de estradas, cobrindo trechos de rodovias importantes como a BR-116, que é a maior do país; a BR-101, que acompanha o litoral; a BR-163, muito usada para o escoamento de grãos e a BR-230, que é a Transamazônica. Todos os estados brasileiros serão beneficiados com a chegada da conexão, que irá otimizar custos do setor e aumentar a produtividade econômica do país.
O investimento para levar cobertura 4G será feito pela Winity II, empresa que arrematou a faixa de radiofrequência de 700 MHz (megahertz). O ministro das Comunicações, Fábio Faria, enfatizou a importância do leilão para assegurar recursos que beneficiem brasileiros. “Já temos mais de R$ 40 bilhões para investimentos nas estradas, vamos ampliar a conectividade em todas as BRs, em escolas, postos de saúde e em outros espaços públicos”, disse Faria. O valor econômico total obtido com a licitação foi R$ 47,2 bilhões.
As rodovias que ainda não contam com infraestrutura de conectividade vão receber a cobertura de internet móvel. A região que mais terá malha rodoviária conectada será o Nordeste (11,2 mil km), seguida do Centro-Oeste (7,5 mil km), Norte (7,2 mil km), Sudeste (5,2 mil km) e Sul (4,4 mil km).
Entre os estados, Minas Gerais lidera o ranking com 4,5 mil km de rodovias indicados para receber cobertura 4G. Serão conectados trechos que passam por cidades relevantes para a produção agrícola, como as da região do Triângulo Mineiro. Entre elas: Uberlândia, Ituiutaba, Frutal e Prata. A conectividade contribui para otimizar o setor de transportes, permitindo melhor monitoramento de cargas e uso de tecnologias que reduzam o desperdício nos trajetos.
O edital estabeleceu metas que devem ser cumpridas pela Winity II para garantir a cobertura total das rodovias. Até dezembro de 2023, devem ser atendidas pelo menos 10% das estradas e, a partir daí, os prazos começam a ser anuais. Até 31 de dezembro de 2029, todos trechos devem ter conexão.