Grão precisa da umidade, no entanto, especialistas dizem que chuva em excesso prejudica o cultivo
O final de novembro e início de dezembro deve ser de temporais em regiões produtoras de soja de Minas Gerais e parte sul de Goiás. Até o dia 1 de dezembro, as áreas de instabilidade permanecem na região Sul, mas com volumes menores quando comparados à metade norte do país. Isso se deve à formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul , que traz chuva para Mato Grosso e Goiás com acumulados de até 70 mm até a próxima quarta (1). As informações são do Instuto nacional de Meteorologia (Inmet)
Já entre 2 e 8 de dezembro, as chuvas se intensificam devido à frente fria estacionária que vai levar pelo menos 150 mm de água em parte das áreas produtoras de soja de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso. As chuvas são essenciais para a cultura da soja, desde que não aconteçam em excesso ou sejam muito reduzidas, a ponto de causar a estiagem.
Chuvas excessivas e prolongadas a partir do final do enchimento dos grãos até a maturação da soja propiciam o aparecimento de danos às vagens e aos grãos. De acordo com Norman Neumaier – Pesquisador da Embrapa Soja, além das dificuldades criadas pelo excesso de umidade, impedindo ou dificultando a colheita mecânica, observa-se incidência de sementes germinando nas vagens e a consequente abertura dessas vagens. Também, os grãos podem se tornar ardidos ou apodrecidos nas vagens, comprometendo a qualidade da produção e diminuindo o retorno financeiro do produtor.
Ainda existem os danos causados pelo excesso de chuvas que são decorrentes do manejo inadequado da cultura. Neste caso, segundo ele, as principais vítimas de chuvas excessivas são os produtores que não adotam o plantio direto ou cujo plantio direto é mal conduzido, em solo compactado, pobre em matéria orgânica