A área total do arábica e conilon totaliza 2,26 milhões de hectares
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o primeiro levantamento para a safra de café em 2023, com uma produção de 54,94 milhões de sacas de café beneficiado. Mesmo o ano sendo de bienalidade negativa, a previsão inicial sinaliza uma produção 7,9% maior que a colhida ano passado, de 50,9 milhões de sacas.
A área total do arábica e conilon totaliza 2,26 milhões de hectares, aumento de 0,8% sobre a área da safra anterior, com 1,9 milhão de hectares destinados às lavouras em produção e 355,5 mil hectares em formação.
Arábica
Principal estado cafeicultor do país, Minas Gerais terá uma retomada de produção, o que impacta positivamente sobre a perspectiva nacional. A expectativa é de 37,43 milhões de sacas de café arábica beneficiado, sendo 14,4% superior ao volume obtido em 2022.
Após uma safra recorde em 2022, a perspectiva para a temporada atual sinaliza uma certa redução no potencial produtivo, particularmente em razão de intercorrências climáticas registradas no Espírito Santo, principal estado produtor do grão. Está avaliada, nesse primeiro levantamento, em 17,51 milhões de sacas de café conilon beneficiado, 3,8% menor que o volume nacional obtido na safra passada.
O Brasil, maior produtor mundial de café, seguido pelo Vietnã e Colômbia, exportou 39,8 milhões de sacas de 60 quilos de café em 2022, o que representa uma queda de 6,3% na comparação com o ano anterior. Essa queda resulta do declínio da taxa de câmbio no país e da redução da oferta interna no período. Com o real mais forte em relação ao dólar em 2022, o interesse pela exportação de café perdeu força na comparação com o ano anterior.
O produto brasileiro foi comercializado internacionalmente com 145 países, sendo Estados Unidos e Alemanha os principais destinos. Em termos de valores, a exportação de café atingiu em 2022 o maior valor já registrado na série histórica do produto: US$ 9,2 bilhões.