Sul de Minas conta com cerca de 490 mil hectares para a produção do grão
Às vésperas do início da colheita na maioria das regiões cafeeiras do Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgou um levantamento nesta quinta-feira (19) que aponta uma produção de 53,4 milhões de sacas do grão. O volume representa um aumento de cerca de 5,7 milhões de sacas em relação à safra passada.
O clima foi determinante para essa estimativa, informou a Conab. “A recuperação é limitada, uma vez que a estiagem e as geadas ocorridas ainda no ano passado, principalmente em Minas Gerais, Paraná e São Paulo, debilitaram as plantas, influenciando no desempenho produtivo das lavouras de café”, falou o presidente Guilherme Ribeiro.
Em relação ao café do tipo arábica – que mais deve ser influenciado pelo clima adverso – a expectativa ainda é de uma recuperação na produção em relação ao ciclo anterior, podendo chegar a 35,7 milhões de sacas do produto beneficiado. Já a produção de café conilon deve atingir um novo recorde, com colheita de 17,7 milhões de sacas beneficiadas, o que significa acréscimo de 8,7% em relação à safra anterior. No Espírito Santo, a produção tende a ultrapassar as 12 milhões de sacas.
De acordo com a Conab, a área destinada para o café está estimada em 2,2 milhões de hectares, aumento de 1,9% em relação a 2021. Destes, cerca de 490 mil hectares estão no Sul de Minas. Para a área em formação, a companhia estima cerca de 401,2 mil hectares, enquanto que as lavouras em produção devem se estender por 1,84 milhões de hectares, alta de 2,5% e 1,8% respectivamente. O Brasil, até abril, já exportou 14,1 milhões de sacas de 60 kg de café. O volume é 10,8% menor do que a quantidade exportada no mesmo período do ano passado.