São mais de 17 mil cooperados no Sul de Minas, Matas de Minas, Cerrado Mineiro e Média Mogiana, no estado de São Paulo
Fundada em 1932, a Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) chamava-se apenas Cooperativa Agrícola de Guaxupé. Formada por 23 agricultores, tinha o objetivo de funcionar como uma cooperativa de crédito.
Em 27 de novembro de 1957, transformou-se no que é hoje, iniciando a trajetória no mundo do café com as atividades de recebimento, processamento e comercialização do grão de ouro. No ano de 1959 ocorre a primeira exportação, um marco para a cooperativa. Atualmente o café é embarcando para 50 países, representando 80% das atividades.
São mais de 17 mil cooperados no Sul de Minas, Matas de Minas, Cerrado Mineiro e Média Mogiana, no estado de São Paulo. De acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o recebimento de café da cooperativa em 2021 representou 18% da produção nacional de café arábica e 26% da produção deste tipo de café em Minas Gerais. Nas exportações, é líder brasileira por vários anos consecutivos, de acordo com o ranking do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
“O movimento cooperativista é o cerne da existência da Cooxupé. Existe cooperativismo em tudo o que fazemos com os nossos cooperados, mas aqui na exportação temos um exemplo muito claro de como acontece. A agricultura familiar é a realidade de 97,7% dos nossos mini e pequenos produtores. Ou seja, esta maioria unida — que também responde por mais de 70% do café recebido pela Cooxupé — encontra no cooperativismo a oportunidade de seus cafés avançarem o mundo, além de terem uma participação mais ativa e efetiva nos bons momentos do mercado de café. Possivelmente, estes produtores sozinhos teriam mais dificuldades de acessar o mercado sem pertencer a uma cooperativa”, comentou o presidente Carlos Augusto Rodrigues de Melo.
No ramo de cafés especiais, há mais de uma década a cooperativa conta com a SMC — Specialty Coffees, uma empresa própria que atua somente neste mercado para colocar o café dos cooperados junto a importantes clientes do exterior. De 2014 para cá, mais de 700 mil sacas de cafés especiais foram exportadas pela SMC.
Ao todo são 48 núcleos, filiais e postos de atendimento; um escritório de exportação próprio em Santos; o Complexo Industrial e de Armazenagem Japy, e usinas de preparo e demais armazéns. A cooperativa tem capacidade de preparo de 23 mil sacas por dia e de armazenar mais de 6 milhões de sacas. Também mantém três centros de distribuição de insumos e um REDEX — Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação.