Patrocínio Logo TV Alterosa
Euro R$ 5,23
Dólar R$ 4,79
Sol com algumas nuvens. Não chove.
Belo Horizonte
26º 12º

Cooperativa inaugura Condomínio Leiteiro com 47 cotistas

Depois Condomínio Avícola, a Coopeavi lança agora novo módulo focado na pecuária leiteira.

Os animais são monitorados por meio de chips implantados nas orelhas. (Foto: Divulgação)
Washington Bonifácio
15 de setembro de 2022
compartilhe

A Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi) inaugurou o primeiro Condomínio Leiteiro do Espírito Santo. O evento foi  em Sooretama, no Norte do Estado, e contou com as presenças da diretoria, cooperados e convidados. Quarenta e sete cotistas participam do módulo de estreia desse projeto que tem como objetivo diversificar a renda dos associados com produção de leite a pasto com foco na performance técnica e econômica.

O Condomínio Leiteiro Coopeavi é uma das principais entregas da cooperativa em 2022. Ele está situado no Córrego do Chumbado, e ocupa uma área de 54 hectares, com pastejo irrigado no sistema de pivô central na maior parte do terreno. A unidade conta ainda com uma moderna sala de ordenha para práticas junto ao rebanho. São 330 vacas em lactação nesse primeiro módulo.

O evento acontece no mês em que a Coopeavi completa 58 anos. (Foto: Divulgação)

Segundo o gerente executivo de Produção da Coopeavi, Luis Carlos Brandt, o Condomínio Leiteiro foca nas melhores práticas de manejo para alcançar os máximos resultados técnicos e econômicos, fornecendo informações precisas e confiáveis aos cooperados cotistas, como já ocorre com o Condomínio Avícola.

Quem são os cotistas

Os 47 cotistas são originários de 14 diferentes municípios capixabas, sendo que muitos destes municípios não têm a cadeia de pecuária leiteira estruturada faltando, principalmente, a viabilidade para captação e processamento do leite produzido. “Esses fatores inviabilizavam, até então, o investimento desses produtores no segmento. No modelo da cooperativa, o leite é produzido onde a cadeia de suporte já existe, com a participação dos produtores de outras regiões do Espírito Santo, ampliando, assim, a produção geral do Estado de forma viável”, avalia o presidente da Coopeavi, Denilson Potratz.

Os cotistas estão ansiosos pelos resultados no investimento. (Foto: Divulgação)

Os produtores cotistas terão retornos equivalentes às participações. Os custos de operação (mão de obra, nutrição, sanidade animal, utilização da infraestrutura, entre outros) serão rateados entre os investidores de acordo com a respectiva participação de cada um.

Investimento sustentável

O modelo de negócio do Condomínio Leiteiro permite aumentar a escala de produção sem imobilização em terras ou outras estruturas diretamente pelo produtor, proporcionando um investimento sustentável ao cooperado. Além de diversificar a atividade econômica, por meio de uma estrutura profissionalizada para produção de leite, o condomínio permite aumento da renda e conveniência, e dessa forma contribui com a melhoria da qualidade de vida da família cooperada.

Esse conforto do investimento é o motivo que levou o cooperado Walter Francisco Delai, produtor de café em Santa Maria de Jetibá e Itarana, a participar do Condomínio Leiteiro. “Já faço parte do Condomínio Avícola, e o novo empreendimento da Coopeavi é muito importante porque dá oportunidade aos associados de diversificarem sua produção. É uma maneira de investir em área específica do agronegócio com recurso menor e sem preocupar com demanda de pessoal para trabalhar”, diz.

O cooperado Daniel Pagung, produtor de leite de Vila Pavão, compartilha da mesma ideia de Delai. “Agora, passo a ter um segundo curral, mas sem a dor de cabeça e a preocupação com a rotina que a atividade exige”, avalia.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores (as) de Santa Maria de Jetibá e cooperado, Egnaldo Andreatta, o modelo de negócio é a realização de um sonho familiar. “Investi na cota porque confio na cooperativa, pois sei que tudo o que ela faz é para o melhor do cooperado. A Coopeavi nos proporcionou sermos produtores de leite, mesmo não tendo a propriedade adequada e o investimento seria muito maior. É a realização de um sonho”, disse.

Tecnologia acessível e animais com aptidão genética

Os bovinos selecionados para o Condomínio Leiteiro têm aptidão genética para garantir maior produtividade e serão monitorados por tecnologias que, muitas vezes, produtores de leite de menor escala não conseguem viabilizar. O rebanho girolando é monitorado digitalmente.

O condomínio conta com uma moderna ordenhadeira. (Foto: Divulgação)

A tecnologia permite diversas aplicações focadas na saúde e bem-estar do rebanho. Graças a um chip instalado na orelha dos bovinos, é possível monitorá-los desde a entrada no ambiente de ordenha, identificando e separando automaticamente aqueles indivíduos que serão ordenhados ou, então, necessitam de algum cuidado especial, como um tratamento específico.

Além disso, são gerados dados individualizados por animal, como por exemplo, quantidade de leite produzida por dia, entre outros. “São controles que dificilmente um produtor teria numa pequena propriedade com tamanha precisão e automação”, salienta Filipe Ton Fialho.

A instalação de novos módulos do Condomínio Leiteiro será feita conforme a demanda dos cooperados.

compartilhe