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Cooperativas buscam equilíbrio em meio incertezas da safra

É recomendando o Mercado Futuro com 30% do volume esperado para sua próxima safra, entenda o motivo.

Copo de café e tablete com informações da economia
Estratégias para evitar prejuízos com a comercialização. (Foto: Coocafé)
Washington Bonifácio
26 de novembro de 2021
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O mercado futuro é uma opção de negócio para evitar prejuízos com as oscilações da economia. Em cafeicultura a bienalidade e o clima são determinantes para que safras como a atual, de 2021, sejam baixas. Neste caso, para o produtor o preço subiu, mas quando os preços baixam vem a incerteza.

“Quando a gente indica a um produtor essa modalidade, recomendamos que ele faça com 20 a 30% do volume esperado para sua próxima safra, porque se o café subir de preço, ele ainda tem 70% da produção para vender pelo preço do momento. Se cair, ele já tem os 30% do café fixado” disse Fernando Cerqueira, diretor presidente da Cooperativa de Café das Matas de Minas (Coocafé).

Desafios do mercado futuro

As cooperativas são mediadoras importantes nesse processo porque disponibilizam essa opção aos associados como um meio de garantir os custos da produção. Só que existem desafios nessa prática, porque muitos produtores se mostraram resistentes na entrega do que foi comprometido em negociações de mercado futuro.

“A gente parte da premissa que comprador e vendedor vão desempenhar seus compromissos de forma plena. E nós temos uma preocupação enorme em manter relacionamentos de longo prazo e de confiança com produtores. As cooperativas são fundamentais pra isso” disse o diretor executivo da Plataforma de Café da Louis Dreyfus Company (LDC) no Brasil, Marcelo Pedro.

Pessoas falando sobre a economia do café

Da esquerda para a direita: Fernando, Marcelo e Jefferson, durante entrevista on-line. (Foto: Coocafé)

Segundo o cafeicultor e associado da Coocafé, Jefferson Fadlallah, a transação é desafiadora, mas, se bem planejada, pode salvar a vida financeira do produtor.

“Nem sempre a gente acerta, mas é uma forma da gente garantir o custo. Pelo menos temos uma certeza de que teremos essa garantia. Quase sempre eu obtive bons resultados” comenta.

A produção de café no Brasil corresponde a um terço da produção mundial. Esse volume coloca o país no patamar de mais importante produtor do planeta. Sendo assim, equilibrar a balança dos interesses é o grande desafio do momento.

 “Nós praticamos há cerca de 15 anos o mercado futuro. Na maioria das vezes ganhamos, mas em algum momento a fixação de preço pode ficar abaixo. Mas estamos falando de um contrato. E é um contrato executável. Independente do cenário, é importante cumpri-lo” finaliza Cerqueira.

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