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Diamantina é reconhecida como produtora de Queijo Minas Artesanal

O Governador Zema participou do evento de reconhecimento

produtor rural e zema
Os produtores esperam o avanço regional com o reconhecimento. (Foto: Dirceu Aurélio/ Seapa)
Washington Bonifácio
3 de abril de 2022
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O governador Romeu Zema anunciou o reconhecimento da região de Diamantina como produtora de Queijo Minas Artesanal. A publicação vai beneficiar diretamente 42 produtores, entre tantos outros envolvidos. A mais recente região caracterizada abrange nove municípios: Diamantina, Gouveia, Datas, Monjolos, Couto de Magalhães de Minas, São Gonçalo do Rio Preto, Felício dos Santos, Senador Modestino Gonçalves e Presidente Kubitschek.

Com o reconhecimento concedido pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), essa passa a ser a 9ª região de Minas Gerais reconhecida oficialmente como produtora do tradicional queijo mineiro.

Estudo

Para fazer o estudo da região queijeira de Diamantina, a Emater-MG levou em consideração o processo de fabricação, as características sensoriais e aspectos gerais do queijo, além do perfil dos produtores e das propriedades. A empresa também fez o levantamento dos aspectos tradicionais e evidências da produção de queijo nos municípios (documentos, publicações, fotografias, relatos). Outro aspecto pesquisado foi a caracterização integrada do meio físico da região estudada, baseada na análise de suas unidades de paisagem.

“O produto feito artesanalmente, que não tem nada semelhante, adquire valores que fogem ao padrão comercial. O que temos procurado fazer em Minas é essa diferenciação de produtos únicos. O queijo de Diamantina vai caminhar nesse sentido. Isso significa um produtor melhor remunerado. A cidade vai atrair mais turistas, porque quem consome quer conhecer. Estamos começando uma era nova na cidade”, afirmou o governador Romeu Zema.

Governador Romeu Zema

Zema lembrou  dos queijos de Minas premiados na Europa. (Foto: Dirceu Aurélio/Seapa)

Benefícios

A caracterização da região de Diamantina vai levar para os produtores locais a possibilidade de ter um nome coletivo para o produto, com maior valor agregado, e a divulgação da região, abrindo caminho para o crescimento das atividades turísticas locais com visitas às queijarias.
A medida também traz a possibilidade de os produtores conquistarem uma Indicação Geográfica, que é um registro concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e que reconhece a reputação, qualidades e características, vinculadas ao local de origem do produto, e que é reconhecido mundialmente.
A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini, destaca a importância da medida.
“A identificação da região como produtora de Queijo Minas Artesanal significa que o Governo de Minas reconhece que os produtores locais seguem o processo tradicional de produção, utilizando leite cru, coalho, pingo (fermento natural), sal e prensagem manual. Além disso, a portaria reforça o apelo histórico e cultural dessa região para a produção desta tradicional iguaria mineira. Por se tratar de uma região com forte vocação turística, certamente a caracterização trará ainda mais desenvolvimento para os produtores e para os municípios”, avalia.

Queijo partido na mesa

Em Minas Gerais 9 regiões são reconhecidas como produtoras de queijo artesanal. (Foto: Dirceu Aurélio/ Seapa)

De acordo com a secretária, agora os produtores de Diamantina vão poder colocar em seus rótulos que o queijo é produzido em uma região com mais de 230 anos de história na produção e que agora são reconhecidos. Além da região de Diamantina, mais oito regiões já são reconhecidas como produtoras de Queijo Minas Artesanal: Araxá, Campos das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro e Serras da Ibitipoca.

Segundo levantamento da Emater-MG, são 7.063 estabelecimentos destinados à produção dos diversos tipos de queijos artesanais. Neste grupo, o destaque é o Queijo Minas Artesanal. São 3.103 agroindústrias em Minas Gerais. A produção estimada é de 21,8 mil toneladas por ano, o que representa 65,2% da produção dos queijos artesanais das agroindústrias familiares.

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