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Epamig acompanha safra de azeitonas no Sul de Minas

O cultivo de oliveiras na Região da Serra da Mantiqueira acontece em 80 municípios, 60% deles em Minas Gerais

(Foto: Reprodução/Olivais Gamarra)
Guto Moreira
26 de fevereiro de 2022
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Na Serra da Mantiqueira, a colheita anual de azeitonas para a produção de azeites extravirgens começou no final de janeiro. Produtores e especialistas acreditam que esse ano será recorde na produção da região, que deve superar os 80 mil litros extraídos em 2018. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o cultivo de oliveiras na Região da Serra da Mantiqueira acontece em 80 municípios, 60% deles em Minas Gerais. São 200 produtores e 29 agroindústrias, que ocupam uma área de aproximadamente 3 mil hectares.

O pesquisador da Epamig, Pedro Moura, explica que apesar da baixa incidência de chuvas no período de pré-florada, houve uma boa florada e excelente frutificação, em função do frio registrado durante o inverno.

“Tivemos três ondas de frio muito fortes entre julho e agosto do ano passado que atingiram a região como um todo. E isso beneficiou os olivais das cidades produtoras do Sul de Minas, embora tenha tido impacto negativo em outras culturas”, avalia.

Já o coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura, Luiz Fernando de Oliveira, cita outros fatores que também colaboram para esse incremento da produção. Desde a primeira extração realizada pela Epamig em 2008, as tecnologias vêm sendo aprimoradas, e as áreas plantadas vêm crescendo cerca de 20% ao ano.

“Também deve-se levar em consideração as novas áreas que estão entrando em produtividade, assim como a melhora do manejo e dos tratos culturais, que fizeram com que as árvores tivessem uma carga mais produtiva”, informa.

Em Baependi, no Sul de Minas, a olivicultora Vanessa Bianco iniciou a colheita no dia 17 de janeiro. A extração na propriedade é feita por uma prensa mecânica, metodologia que se assemelha aos processos tradicionais. A expectativa é que em 2022, a produção atinja 500 litros de azeite.

“A gente opta por começar quando a azeitona está bastante verde, mas já num ponto que tenha óleo, para obter um azeite mais intenso. As azeitonas mais maduras, que têm um sabor mais frutado, a gente prensa com limão siciliano. Em meados de março, vamos iniciar a comercialização de um pequeno lote monovarietal de Koroneiki, do azeite de limão siciliano, e do nosso blend de campo, que este ano terá o acréscimo das variedades Coratina e Picual (que estão na primeira safra) à composição que reúne as tradicionais Koroneiki, Arbequina, Maria da Fé e Grappolo”, finaliza.

 

 

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