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Especialista orienta sobre manejo dos solos e fertilidade construída

Diferentes formas de adubação ajudam a corrigir problemas do solo e aumentar a produtividade das lavouras

Calagem do solo é uma das estratégias para construir fertilidade. (Foto: Agência AC)
Ricardo Miranda
18 de outubro de 2021
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Professor Vinícius Lemos (de óculos) acompanhado de um cafeicultor. (Foto: CNA)

O aumento do consumo de alimentos tem forçado o crescimento da agricultura, exigindo uma produtividade cada vez maior nas lavouras. Diante disso, a chamada “fertilidade construída” no manejo dos solos é uma importante ferramenta para garantir uma colheita satisfatória.

O engenheiro agrônomo e professor universitário Vinícius Lemos é mestre em produção vegetal e doutor em fitotecnia. Ele explica a importância do manejo correto do solo para construção da fertilidade. Para isso, o trabalho começa com a forma correta de adubação.

Diferentes formas de adubação ajudam na fertilidade do terreno. (Foto: Ibiúna SP)

O especialista lembra que existem três formas de adubação, que devem ser seguidas. O primeiro tipo é a adubação de correção, para corrigir possíveis deficiências nutricionais no solo. “Nela, procura-se corrigir principalmente os teores do fósforo e do potássio. Para estabelecer as doses a serem aplicadas utiliza-se análise de solos”, explica Vinícius Lemos. Já a adubação de manutenção para possibilitar que a cultura forrageira tenha o máximo de produtividade com o menor custo possível. Por fim, a adubação de reposição, que não visa o fornecimento imediato de nutrientes às plantas, “possibilitando a utilização de fontes fertilizantes de baixa solubilidade em substituição das fontes solúveis”, pontua o especialista.

Solos de fertilidade construída

O agricultor que busca melhorar as condições de fertilidade do solo precisa adequar as condições químicas e nutricionais do terreno. Essa adequação acontece a partir de algumas ferramentas e manejos específicos. Um dos métodos mais conhecidos é a calagem, que tem o objetivo de neutralizar a concentração de alumínio, aumentar o pH do solo e aumentar a disponibilidade dos nutrientes para as plantas, além de fornecer cálcio e magnésio.

A gessagem, a fosfatagem e a potassagem também são ferramentas importantes para a melhora das condições químicas e nutricionais do solo, dependendo de cada caso. É importante que os agricultores busquem orientação profissional para definir qual melhor estratégia para alcançar o objetivo planejado, melhorando a produtividade do solo.

Manejo do solo melhora produtividade das lavouras. (Foto: Idam)

Produtividade maior

Em solos com a fertilidade construída, depois da aplicação das estratégias para melhorar as condições químicas e nutricionais, algumas características, como o aumento da matéria orgânica e maior retenção de água disponível no solo.

Vinícius Lemos explica que observando esse manejo, não há prejuízo para as culturas e, em épocas de veranico, há bom conteúdo de água em profundidade. Além disso, o solo “apresenta teores de nutrientes adequados, de acordo com as exigências das culturas”, finaliza o especialista.

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