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Frutas vermelhas são aposta da Epamig em regiões de clima quente

Os trabalhos realizados em Maria da Fé têm mostrado que o desempenho dessas frutas é muito positivo

(Foto: Reprodução/Internet)
Guto Moreira
7 de fevereiro de 2023
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Levar tecnologias e conhecimentos aos agricultores interessados em diversificarem suas produções é o objetivo da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) com pesquisas que estão avaliando os potenciais de crescimento e produção de frutas vermelhas em regiões quentes do estado.

Consideradas frutas de clima temperado, a amora-preta e a framboesa, por exemplo, necessitam de muitas horas mensais de frio, com temperaturas abaixo de 7ºC. Os trabalhos realizados no Campo Experimental de Maria da Fé, no Sul de Minas, têm mostrado que o desempenho dessas frutas é muito positivo quando cultivadas em locais quentes.

“Conduzimos trabalhos com uma variedade de framboesa chamada Heritage, dentro de casas de vegetação, onde há ausência total de frio e as temperaturas podem chegar a 40ºC. A planta apresentou excelentes índices de desenvolvimento e observamos que, em termos de produção, ela gerou tantos frutos quanto os exemplares cultivados ao ar livre, na presença de frio”, explica o pesquisador da Epamig Sul e coordenador dos trabalhos, Emerson Gonçalves.

O produtor Luiz Antônio Mendes iniciou a produção de amoras Tupy e framboesas Heritage em 2017. A propriedade conta com aproximadamente 20 mil pés e produz cerca de 2 a 3 mil quilos de frutos por ano.

“Quando me aposentei, voltei para minha terra natal e decidi começar a cultivar essas frutas. A Epamig me ajudou muito no início e até hoje recebo visitas da equipe de pesquisadores para avaliarem o desempenho e a saúde das plantas”, conta Luiz Antônio.

Testes

Além da Heritage, também foram testadas as variedades de amora-preta Arapaho, Tupy e Brazos. Em um ano, foram feitas avaliações fenológicas em que foram medidos o crescimento e desenvolvimento das plantas de amora-preta e framboesa cultivadas em vasos, dentro da casa de vegetação. A partir de março, os pesquisadores começam novas avaliações para saber exatamente qual tamanho, peso e teor de açúcar dos frutos produzidos por cada planta. A última etapa da pesquisa ocorrerá na região do Norte de Minas.

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