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Horta em sistema de aquaponia melhora alimentação de alunos da APAE

O sistema implantado há um ano inclui criação de peixes e plantio de hortaliças, sem uso de nenhum tipo de agrotóxico

Na horta são cultivadas alfaces, cebolinhas e hortelã. (Foto: Ricardo Miranda)
Ricardo Miranda
6 de fevereiro de 2022
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A prefeitura de Bom Despacho, na região Centro-Oeste, implantou há um ano um projeto de aquaponia no município. A estrutura ocupa uma área de pouco mais de 100m² dentro da APAE, Associação de Pais dos Excepcionais, que atende alunos com alguns tipos de deficiência.

Cinco tanques para a criação dos peixes ficam ao lado da horta. (Foto: Ricardo Miranda)

O sistema conta com cinco tanques para a criação de peixes das espécies tilápia, cascudo e carpa. A água dos tanques passa por um processo natural de filtragem e é usada para o cultivo de alface, cebolinha e hortelã. “É um sistema integrado onde o peixe fornece alimento para as plantas. A gente faz a transformação da amônia tóxica em alimento para as hortaliças. E a água retorna limpa para os peixes”, explica Leanderson Rever de Araújo, técnico agrícola da prefeitura.

O projeto começou a ser implantado pela prefeitura na APAE há um ano. “É uma iniciativa que produz alimentos de altíssima qualidade nutricional, utilizando pouco volume de água, pequena área de cultivo e, principalmente, com baixos impactos para o meio ambiente”, comenta Juliana Jaber, vice-prefeita de Bom Despacho.

Benefícios para a instituição

A APAE de Bom Despacho atende cerca de 150 alunos, de várias idades. A horta de aquaponia é utilizada como uma das atividades pedagógicas da instituição. Paulo José Ferreira, diretor da APAE, diz que a iniciativa já trouxe muitos benefícios. “Os alunos aprendem a tratar dos peixes, acompanham todo o processo de desenvolvimento das plantas e dos peixes”, afirma.

Os cerca de 150 alunos atendidos pela APAE ajudam a cuidar da horta. (Foto: Ricardo Miranda)

Por semestre são produzidos 280 quilos de peixes. Além disso, semanalmente são colhidos cerca de 150 pés de alface. Parte da produção é destinada à alimentação dos alunos e o restante é vendido para arrecadar recursos para a instituição. “O fato dos alunos saborearem uma verdura sem agrotóxico e comer um peixe criado por eles traz um benefício muito grande. E o valor revertido para a APAE com a venda de parte da produção é aplicado em melhorias para os alunos. É muito importante”, comenta o diretor da instituição.

A prefeitura planeja ampliar a produção de hortaliças e iniciar o cultivo de morangos na horta de aquaponia da APAE. Além disso, o projeto deve ser levado para outras instituições e escolas da cidade. “Nós fizemos esse projeto piloto para ter uma noção do quanto é benéfico para os alunos e para as instituições. Vamos levar agora também para as escolas, para que os alunos possam aprender as ciências na prática. Acreditamos que soluções sustentáveis nos ajudam a ser pessoas melhorar e essas ideias precisam ser disseminadas”, finaliza a vice-prefeita de Bom Despacho.

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